Projeto Venvanse: Ricardo Barros está pronto para enfrentar Ratinho

Venvanse é o medicamento da moda: estimula o foco, potencializa as atividades cerebrais e também é a fórmula do sucesso para tratar pacientes com TDAH. A síndrome que identifica déficit de atenção e hiperatividade.

“Venvanse” tem sido o nick (apelido) do projeto que Ricardo Barros quer levar a cabo, caso ocorra a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil), por supostos abusos durante a pré-campanha em 2022.

Em atividades focadas, o ainda secretário de Indústria e Comércio do governo Ratinho Junior alinha as últimas bordas de um meticuloso projeto eleitoral 2024/2026.

Isso porque em Brasília, caciques do Progressistas, União Brasil e Republicanos trabalham 24h na viabilização da mega-federação que criará o maior bloco político do país — que, obviamente, trará reflexos diretos ao projeto 2026 aqui da província.

Depois de viajar pelos quatro cantos do Estado e participar até mesmo de eventos com o time petista da Itaipu Binacional, Ricardo Barros aguarda o retorno de Ratinho Junior de Nebraska (EUA), para apresentar seu tabuleiro de xadrez para 2024.

Na maioria das cidades, candidatos de oposição aos aliados políticos do PSD. O enfrentamento será inevitável, uma vez que até as colunas de mármore do Palácio Iguaçu sabem que o candidato in pectore de Ratinho Junior para a vaga de Moro é seu “brother” Paulo Martins (do PL de Bolsonaro), que recentemente foi nomeado para cargo de polpudo rendimento no Governo do Estado.

Xadrez Regional — Do Oeste ao Litoral. Do Sudoeste ao Norte Pioneiro. O tabuleiro do PP está formado para confrontar os aliados do governo em colégios eleitorais dominados por caciques poderosos do PSD. Em Cascavel, o candidato do Progressistas será Márcio Pacheco, contra todo o time local do PSD e seus aliados.

Na cidade de Paranavaí, Ricardo Barros deu carta branca ao deputado federal Tião Medeiros, também do PP, para organizar a candidatura contrária aos interesses do time palaciano que busca no empresário Maurício Ghelen ganhar a prefeitura. Doutor Leônidas deverá ser o candidato da frente liderada pelos Progressistas.

Em Campo Mourão, próximo do reduto eleitoral da família Barros, o mega sojicultor Rodrigo Salvadori promete se colocar como pedra no caminho do grupo liderado por Márcio Nunes, Tauillo Tezelli e Douglas Fabrício.

Reduto — Na cidade Canção, contra Ulisses Maia, Luiz Nishimori e o Sargento Fahur, o Progressistas apresenta mais uma vez a candidatura de Silvio Barros.

Em Londrina, Ricardo Barros e Marcelo Belinati fumaram o cachimbo da paz. O prefeito da segunda maior cidade do Estado chegou a ensaiar uma revoada à esquerda para se aproximar dos poderosos Ênio Verri e Gleisi Hoffmann. Mas prevaleceu a decisão que vão unidos contra a candidatura de Tiago Amaral, do time de Ratinho Junior.

Apucarana é o município em que todos estão unidos contra o projeto político do secretário da saúde Beto Preto, que, mesmo diante da maior epidemia de dengue na cidade, aposta em seu prestígio pessoal para impedir a vitória de Rodolfo Motta.

Aposta nos novos — Em Guarapuava, a aposta dos Progressistas pode ser na filiação de César Silvestri Filho para impedir a iminente vitória do petista Doutor Antenor.

Já em Ponta Grossa, para fazer frente aos poderosos irmãos radialistas e secretários Sandro Alex e Marcelo Rangel, o PP de Ricardo Barros está preparando a festa de chegada dos ainda tucanos Jocelito e Mabel Canto para partir pra cima da prefeita Elizabeth Schimidt na eleição de outubro.

Em Curitiba, o Progressistas conta como certa a indicação da deputada Maria Victória na vaga de vice na chapa de Eduardo Pimentel. Caso isso não ocorra, a candidatura da filhota parece cada vez mais irreversível. Ainda na capital, Barros conta com o apoio do prefeito Rafael Greca, independentemente da indicação de Maria Victória como vice de Eduardo.

A história de contraposição ao grupo do governador vai ainda alvoroçar vísceras de Paranaguá a Foz do Iguaçu, de Cornelio Procópio a Irati.

Todo esse cerzido, meticulosamente calculado, leva em consideração o mapa estratégico dos votos que Bolsonaro e Sergio Moro conquistaram nas eleições de 2022.

Ameaça — Nenhum outro partido do Centro-direita que participa do Governo do Estado tem tantas lanças apontadas contra o Palácio Iguaçu. Quanto menos o PT.

Título de enxadrista Ricardo Barros já empunha. Agora ele quer a cadeira de Sergio Moro na Câmara Alta.

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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