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As sessões plenárias desta segunda-feira (3) prometem ser agitadas na Assembleia Legislativa com o início da votação da série de projetos do Governo do Estado sobre o reajuste de salário para os servidores e a reestruturação de algumas carreiras.
A tendência é que a base governista atue e aprove todas as propostas encaminhadas pelo Palácio Iguaçu. A maior resistência, porém, deve ser no projeto de reestruturação da carreira dos policiais civis. A proposta deve receber emendas no plenário pelos próprios governistas, alterando trechos do atual projeto, para tentar distensionar a relação da classe com o governo.
Só há, segundo uma fonte palaciana, uma exigência vinda do outro lado da rua: as mudanças no projeto dos policiais civis não pode provocar impacto financeiro, porque demandaria um novo estudo de viabilidade da Secretaria da Fazenda.
Carta do DG — O Delegado Geral da Polícia Civil, delegado Silvio Rochembach, divulgou uma carta aberta aos seus comandados para esclarecer alguns pontos “controversos” do projeto do governo. Boa parte desta carta é dedicada aos avanços salariais, com ênfase no aumento de 100% nos vencimentos ao fim da carreira — de R$ 11 mil vai para R$ 22 mil.
Os delegados estão satisfeitos com este projeto do governo. O problema é a base, investigadores e escrivães que são a maioria na Policia Civil. Para ales, o governo propõe uni-los numa única carreira– a de Agente de Polícia Judiciária.
Ofício para a Casa Civil — O Blog Politicamente apurou que, além da carta aos policiais civis, o Delegado Geral da Polícia Civil encaminhou ao secretário da Casa Civil do governo, João Carlos Ortega, um ofício com proposta de emendas ao projeto de lei do próprio Poder Executivo.
Este ofício é do dia 28 de junho e nele o chefe da Polícia Civil do Paraná diz que se reuniu com representantes dos policiais civis, mas não cita o Sinclapol, entidade que tem se levantado contra o projeto do governo com mais veemência. Neste documento, a própria chefia da Policia Civil sugere a supressão de alguns artigos do projeto do governo. Um deles passa a prever uma data específica para o ingresso na carreira como marco temporal para concorrer à promoção.
A questão do sobreaviso de até 160 horas por mês já esta superada. Este tema não voltará à discussão depois da enorme rejeição da classe. Portanto, a grande “dor de cabeça” será o projeto envolvendo a Polícia Civil. Os demais projetos de reajuste e reestruturação das outras carreiras devem ser aprovados pelos deputados sem grandes desgastes, com algumas pequenas alterações.