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O futuro político de Jesse da Rocha Zoellner (PP), prefeito da cidade de Agudos do Sul, região metropolitana de Curitiba, está nas mãos do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura.
Caberá a ele o voto de minerva que pode resultar na cassação do mandato do prefeito e do vice Antônio Gonçalves da Luz (PSD). O julgamento está empatado em 3 a 3 e deve ser retomado no mês de setembro — logo depois do feriado da Independência.
Zoellner é acusado de compra de voto através de depósito via Pix para eleitores da cidade. A AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) apontou que o prefeito fez 21 movimentações de dinheiro via Pix na véspera e no dia das eleições — totalizando R$ 4 mil. Os valores variam de R$ 30 a R$ 400, que, segundo a justiça, foram para 14 contas bancárias de pessoas físicas que são eleitoras em Agudos do Sul.
Em um dos depoimentos, um eleitor afirmou que soube por colegas de trabalho que o então candidato estava distribuindo dinheiro por Pix a quem entrasse em contato com ele por mensagem de texto. “Em razão disso o fez e recebeu tal quantia por transferência eletrônica”, diz um trecho da decisão, assinada pelo juiz Thiago Bertuol de Oliveira, que em fevereiro determinou a perda do mandato, a inelegibilidade por oito anos e o pagamento de multa.
No entanto, dois dias depois, a juíza do TRE Flávia da Costa Viana concedeu uma liminar permitindo que os acusados continuassem no cargo até o julgamento final do recurso na Justiça Eleitoral. É justamente o voto do presidente da Corte Eleitoral que vai finalizar o julgamento — cabendo, em caso de perda de mandato, recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Zoellner foi eleito em abril de 2022, em uma eleição suplementar, depois que a candidata eleita na eleição de 2020, Luciane Teixeira (MDB), teve a candidatura indeferida e declarada inelegível.