A Prefeitura de Curitiba anunciou nesta terça-feira (28) um aumento na tarifa de ônibus: vai subir dos atuais R$ 5,50 para R$ 6,00 — um reajuste de 9%.
O novo valor passa a ser cobrado já a partir da zero hora desta quarta-feira (1°).
A prefeitura justifica que o reajuste de R$ 0,50 equivale a 9% — índice menor que o registrado nos custos do transporte coletivo em Curitiba no último ano, que acumulam alta de 13,3%, segundo a Urbs (Urbanização de Curitiba).
A data de reajuste é prevista em contrato, sempre no fim do mês de fevereiro de cada ano, com base na variação de custos do transporte coletivo.
A tarifa ficou congelada nos anos de 2020 e 2021 por causa da pandemia. Mas em 2022 a conta veio. A prefeitura aumentou o valor da passagem em 22%: dos R$ 4,50 para R$ 5,50.
Numa rede social, o deputado estadual Goura (PDT) considerou o aumento da Prefeitura de Curitiba como uma “atitude arbitrária. “Novamente, a prefeitura age sem dar tempo para que a população possa se habituar, e sem contrapartida na melhoria dos serviços e da infraestrutura. O transporte público de Curitiba é um dos mais caros do Brasil, mas o serviço está sucateado e continua sem perspectiva de melhoras. É urgente que o contrato seja revisto e volte a priorizar o acesso à cidade, ao invés do lucro de poucos empresários”, disse o parlamentar.
Já a vereadora de Curitiba petista Professora Josete, também pelas redes sociais, pediu mais transparência ao cálculo da tarifa. “Da forma como está, não sabemos efetivamente qual é custo por quilômetro rodado e a definição da tarifa fica sujeita à falácia da Prefeitura e às relações nebulosas”, escreveu. “Uma cidade que se diz modelo de transporte público para o país não pode ter a tarifa mais cara”, completou.
O prefeito Rafael Greca (PSD) nada falou nas redes sociais — assim como o vereador Tico Kuzma, líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba.