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Paraná é o 2º estado com mais investigações da PF por irregularidades eleitorais

Dados de investigações da PF sobre irregularidades eleitorais foram lançados pela ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE (Foto: TSE/divulgação)

Por Regis Rieger

O Paraná está no pódio entre os estados com o maior número de investigações abertas relacionadas a irregularidades eleitorais nos últimos 12 meses. Os dados estão na plataforma criada pela Polícia Federal, que teve seu lançamento na terça-feira (06), pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados, porém, estão sendo coletados desde de 16 de agosto de 2023.

Dados de investigações da PF sobre irregularidades eleitorais foram lançados pela ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE (Foto: TSE/divulgação)

Até a última atualização, feita às 20h03 de 6 de agosto, a plataforma computou para o Paraná 124 procedimentos em andamento, sendo 39 encaminhados pela própria Justiça Eleitoral, 30 pelo Ministério Público Eleitoral, 29 oriundos do Ministério Público Estadual, 13 do Ministério Público Federal e quatro da própria PF. Outras cinco têm origens variadas.

O Paraná está atrás somente do Rio Janeiro (193 ocorrências) e à frente de São Paulo (106 investigações). A consulta é pública e a localização dos casos pode ser por data e tipo penal, assim como Unidade da Federação (UF) e origem da comunicação do suposto ilícito eleitoral.

Entre as maiores irregularidades está a omissão de documentos

O maior volume de investigações trata da omissão de documentos e informações à Justiça Eleitoral, como notas fiscais e atas partidárias, para utilização como prova em processo judicial. Em seguida, os casos de descumprimento de ordens judiciais.

“A Justiça Eleitoral têm feito um trabalho criterioso no desenvolvimento de pessoas e formas de controle, que tem permitido a intensificação dos meios de fiscalização das eleições, como forma de ampliar a lisura das eleições e a qualidade da democracia”, avalia o advogado Leandro Rosa, especialista em Direito Eleitoral.

Para ele, essas iniciativas melhoram os resultados nos processos tratados na Justiça Eleitoral. Portanto, fazendo com que a credibilidade leve cidadãos, partidos, candidatos e demais interessados nas eleições a fazerem mais denúncias. Também a promover mais ações voltadas ao combate dos ilícitos eleitorais. “É positivo para a fortalecer a democracia”, finaliza.

Atualização de informações será mais intensa no período eleitoral

A ministra Cármen Lúcia destacou ainda que a atualização das informações será mais intensa no período eleitoral. “Nos dias que antecedem as eleições, os dados serão atualizados a cada hora, para que se tenha, então, a partir da denúncia, o que aconteceu e para onde foi encaminhado [o caso] e para que, se for da Polícia Federal, sejam verificados quantos inquéritos estão em andamento e quais providências foram adotadas.”

O lançamento da ferramenta da PF fez parte da solenidade de assinatura de memorando de entendimento com as plataformas digitais. Além disso, para a criação do disque-denúncia (1491). A ideia é concentrar informações sobre possíveis ilícitos durante o período eleitoral. A ideia, por fim, também é que funcione como uma campanha de combate à desinformação.

 

Regis Rieger:

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