Um dos brasileiros mais entusiasmados com a volta de Donald Trump à Casa Branca, a partir de 2025, Jair Bolsonaro não poderá comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos marcado para o dia 20 de janeiro por um simples detalhe: o ex-presidente está com o passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e proibido de deixar o país em meio às investigações da trama golpista de 2022.
Caso queira comparecer à posse de Trump, os advogados do “Capitão” terão de entrar com uma medida na Suprema Corte com um pedido de revogação da medida cautelar ou uma autorização para que ele possa ir até os Estados Unidos. O retrospecto é negativo. Quando foi convidado pelo primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, para uma visita até Israel, o ministro Alexandre de Moraes negou a devolução do passaporte.
Apesar da proibição de deixar o país, Bolsonaro foi representado pelo filho, Eduardo Bolsonaro, que acompanhou a apuração dos votos na casa de Donald Trump, na Flórida. Coube ao ex-presidente brasileiro felicitar o republicano pelas redes sociais após a vitória sobre a democrata Kamala Harris.
Na postagem, Bolsonaro falou em ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. “Um homem que, mesmo após enfrentar um processo eleitoral brutal em 2020 e uma injustificável perseguição judicial, ergueu-se novamente, como poucos na história foram capazes de fazer”. Em seguida, ele compartilhou o desejo de ser eleito novamente no Brasil, em 2026 — apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o tornar inelegível.
No Palácio do Planalto, existe um temor de que os EUA, governado por Donald Trump, se envolva no debate sobre uma anistia para Bolsonaro podendo forçar, pressionar, o Brasil a uma mudança de rumo quanto a elegibilidade do ex-presidente do PL.