Escolher o secretário da Segurança Pública do Paraná nunca foi uma situação fácil para o governante. Não só pela árdua e hercúlea tarefa de combater a criminalidade no estado, mas também pelo fato de, eventualmente, desagradar uma das forças.
Se o secretário for oriundo da Polícia Militar, a Polícia Civil se sente desprestigiada. E o contrário também é verdadeiro. É há inúmeros exemplos da força política que a PM e a PC exercem a ponto de derrubar um secretário de segurança.
Alguns governantes, para sair deste ciclo vicioso, começaram a apostar em promotores/procuradores do Ministério Público e também em delegados da Polícia Federal. E mais recentemente, teve casos de secretários que vieram das fileiras do Exército Brasileiro e também da Polícia Científica.
Esta importação de secretários de fora das forças de segurança do Estado também provocam rusgas. Agora os comandos da PM e da PC parecem ter entrado num acordo. Uma hora eu, uma hora você.
Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, com muito bom trânsito no Palácio Iguaçu, que após muito diálogo o então comandante geral da PM, coronel Hudson Teixeira, e o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Rockembach, teriam entrado neste entendimento.
Se o entendimento for mantido, nos primeiros dois anos da segunda gestão de Ratinho Junior, a Sesp ficará sob o comando da PM, para que os dois últimos anos a pasta seja comandada por um delegado.