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Bruno Ubiratan, atual presidente da Cohab de Londrina e um dos principais aliados do prefeito Marcelo Belinati, se filiou ao PL de Filipe Barros essa semana em Brasília com a bênção de Jair Bolsonaro.
É o primeiro racha na equipe de Belinati, que até agora não decidiu se irá apoiar algum sucessor. O nome mais comentado é de Felippe Machado, secretário de Saúde de Londrina.
Algumas fontes ligadas ao grupo belinatista apostam que não vai parar por aí e mais secretários da atual administração podem abandonar o barco para se filiar ao PL.
Três razões podem ajudar a explicar a deserção: o primeiro deles, o desempenho de Belinati nas eleições gerais de 2022, que não conseguiu eleger nenhum deputado estadual ou federal. Ricardo Barros, chefão do PP no Paraná, ficou emputecido e tirou Belinati do comando do partido em Londrina, alçando o deputado federal Marco Brasil para presidir a legenda.
O segundo fator é que até agora Marcelo Belinati não decidiu seu sucessor. As apostas políticas indicam que, pelo perfil do prefeito, ele decidirá de última hora quem apoiará, repetindo o que seu antecessor, Alexandre Kireff, fez com Valter Orsi — cujo resultado foi a derrota eleitoral na eleição de 2016.
Não menos importante, a terceira questão, seria o flerte de Belinatti com a esquerda, em especial com o PSB para que Lula e Gleisi Hoffmann tenham palanque em 2026 na segunda maior cidade do Paraná. Alguns comentam, no entanto, que Barros e o prefeito fumaram o cachimbo da paz e seguirão unidos: pelo menos até o fim da eleição municipal de outubro.
Resta saber se haverá retaliação com a mudança no comando da Cohab de Londrina.