PL avança sobre o governo e filia prefeita de Ponta Grossa

Se já não bastasse a notícia da filiação do ex-governador Beto Richa para disputar a prefeitura de Curitiba, o PL avança a passos largos sobre territórios do “inimigo” no Paraná. Enquanto todos só falavam de Beto Richa, o PL, quietinho, se reuniu em Brasília com a prefeita Elizabeth Schmidt de Ponta Grossa — aliada de primeira hora do governador Ratinho Júnior — e promoveu a filiação dela, que vai concorrer à reeleição em outubro.

Aliás, ela era umas pouquíssimas que já detinha o apoio público do governador na eleição que se avizinha. A filiação no PL rompe o grupo político comandado até então pelos irmãos/secretários Marcelo Rangel e Sandro Alex. Elizabeth era vice de Marcelo e tudo leva a crer que os dois se enfrentarão nas urnas.

Ele já adiantou que é pré-candidato em Ponta Grossa pelo PSD com o apoio do Palácio Iguaçu. Elizabeth, por sua vez, deve contar com Bolsonaro na campanha. Conta uma boa fonte ponta-grossense que um motivo de saúde fez Marcelo Rangel decidir disputar novamente a prefeitura. Tem gente no Palácio estudando estratégia de neutralidade em Ponta Grossa — já que todos são ou eram do mesmo grupo político.

Bolsonaro x Ratinho — Tanto em Curitiba quanto em Ponta Grossa vai se  desenhando um cenário de antagonismo entre os candidatos do governador e do Capitão — disputa que tem tudo para se repetir em vários outros municípios do Paraná. Em Curitiba, teremos Beto Richa como o “homem de Bolsonaro” contra Eduardo Pimentel. Em Ponta Grossa, Marcelo Rangel versus Elizabeth. Londrina já tem o provável nome do PL, Bruno Ubiratan recém filiado com a benção e a foto posada com Bolsonaro.

Ratinho ainda não declarou oficialmente seu candidato em Londrina e Tiago Amaral pode ser escolhido pelo Governo. Embora, alguns palacianos dizem que a deputada estadual Cloara Pinheiro pode ser escalada para entrar em campo. Se isso acontecer, Tiago Amaral assina a ficha de filiação ao PL no dia seguinte. Aliás, Tiago foi uma testemunha ocular da filiação de Elizabeth ontem em Londrina. Mas juram que ele segue firme no PSD — pelo menos por enquanto.

Tem gente grande de olho neste iminente rompimento do Palácio com o PL. Em especial, Ricardo Barros, manda-chuva do PP, e Felipe Francischini que comanda o União Brasil no Estado. Não será surpresa para ninguém que estas forças se unam trazendo ainda mais dificuldades para a execução do plano político desenhado no Palácio Iguaçu. Será urgente uma mudança de discurso de Ratinho com Filipe Barros, Felipe Francischini e Ricardo Barros.

Quem também observa, mas com traços de alegria, é o PT. Tem petista boquiaberto, embasbacado, que já chegou a conclusão que a oposição mais eficaz ao governo está sendo feita pelos aliados de primeira hora do Palácio Iguaçu.

 

Foto: Divulgação

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