Foto: Divulgação PF
Três pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (24) em Curitiba pela Polícia Federal suspeitas de envolvimento com uma quadrilha suspeita de cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, como a captação de recursos de terceiros não autorizada e à lavagem de dinheiro.
O Blog Politicamente apurou que entre os presos estão empresários e consultores. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos nos bairros Batel, Guabirotuba e Capão da Imbuia. Além das prisões, os agentes da PF cumpriram cinco mandados de busca e apreensão. Os policiais encontraram R$ 65 mil.
Os mandados foram cumpridos todos na capital paranaense dentro da “Operação Templo da Máscara II”, comandada pela PF do Rio Grande do Sul. Além das prisões e buscas, a juíza Federal Substituta, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre, Karine da Silva Cordeiro, autorizou o sequestro de valores e afastamento de sigilo fiscal e bancário dos investigados.
O grupo criminoso teria ocultado no Brasil e no exterior mais de R$ 100 milhões de recursos desviados pelas fraudes financeiras investigadas no âmbito da Operação Lamanai que foi deflagrada em 2009 e levou para a cadeia nove diretores da empresa Unick Forex — companhia brasileira, fundada em 2013, que se apresentava como “empresa que realiza operações no mercado financeiro e com criptomoedas”.
O diferencial, conta uma fonte do Blog Politicamente, é que a empresa atuava no ramo de investimentos e utilizava estratégias de marketing multinível, com sistema de afiliação, promessa de lucros exorbitantes e investimento mínimo de R$90 – o que atraiu milhares de pessoas. O prejuízo calculado é da cifra de bilhões de reais.
Depois da operação da PF, a Unick Forex mudou de nome passando a se chamar Unick Academy, numa tentativa de continuar operando. No entanto, a PF impediu a atuação da companhia argumentando que a Unick Forex é uma pirâmide financeira que chegou a movimentar R$ 28 bilhões nos últimos anos – e que ainda deve R$ 12 bilhões a seus clientes.