Cotado para chefiar presidência da Petrobras já elogiou o fracking

O novo presidente da Petrobras – a se confirmar o nome do economista Adriano Pires no cargo – é reconhecido como grande especialista no setor energia, com forte visão pró-mercado.

Para o “mercado”, uma área ainda a ser explorada no Brasil é o fracking do gás de folhelho, mais conhecido no Brasil como “gás de xisto”. O governo federal se mexe para lançar projetos na área. Lançou consulta pública sobre a técnica, sob o bonito nome de Poço Transparente. Mais cedo, este Blog informou que no Paraná há uma lei que proíbe a técnica de fracking.

Adriano Pires já escreveu sobre o assunto. Em coluna publicada no fim de 2018 pelo site Poder360, ele destacou como o folhelho (shale, em inglês) “mudou a indústria do petróleo e gás natural”.

No texto o economista detalhou também os questionamentos ambientais e lembrou da norma do Paraná que proibiu a técnica. A Lei nº 19.878/2019 foi sancionada pelo governador Ratinho Junior (PSD) após a sociedade civil organizada mostrar o grave prejuízo ambiental em projetos pilotos feitos no interior do estado.

Por fim, Pires concluiu:
“Entre apoio e crítica, o fracking está inserido no dilema de crescimento econômico e impactos ambientais, em um mercado de óleo e gás que tem potencial para gerar arrecadação, emprego e desenvolvimento no Brasil. Mais um desafio para o novo governo. Como desenvolver o shale no Brasil….”

Se tudo der certo, Pires será indicado presidente da Petrobras na Assembleia Geral Ordinária que ocorre em 13 de abril. A partir daí passará a fazer parte do governo e poderá ajudar neste desafio de desenvolver o shale no Brasil.

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