Pelo menos três institutos de pesquisa vão colocar entrevistadores nas ruas do país para uma nova rodada de avaliação da gestão do presidente Lula — que vem sofrendo com o aumento sucessivo na desaprovação do governo. Desta vez, porém, a sondagem vem com um tempero indigesto: o escândalo da roubalheira do INSS.
A primeira a ter os dados divulgados deve ser a pesquisa da Genial/Quaest que vai a campo na próxima semana para ouvir 2.004 pessoas em todo o Brasil. O resultado será divulgado no dia 2 de junho. Datafolha e Ipec também se preparam para ir a campo.
No Palácio do Planalto o cenário é de pessimismo. Na pesquisa Quaest anterior, o resultado foi péssimo para Lula, com piora no desempenho do presidente, e a expectativa agora é para l’á de desanimadora por conta da atuação de uma quadrilha dentro do INSS que roubou dinheiro da previdência de aposentados e pensionistas.
O entorno de Lula tem ciência do estrago que o escândalo pode causar na imagem de Lula e até ameaçar o plano de reeleição em 2026.
E não é só isso. A manutenção de uma taxa alta de juros, sem previsão de arrefecimento, e a inflação alta contribuem para o cenário sombrio que se avizinha no Palácio do Planalto com relação as pesquisas que estão indo para o forno.
Pautas positivas para o governo Lula, como a questão da isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês ainda patina no Congresso Nacional com uma oposição querendo aumentar a faixa de isenção para R$ 7 mil. Fruto de uma base governista desestruturada que não dá suporte, desde o primeiro mês do governo 3.0 de Lula, às políticas pensadas pela presidência da República.