A menos de uma semana para a abertura das urnas, a pesquisa IRG indica que o Palácio Iguaçu fez a aposta errada na disputa pela prefeitura de Paranaguá, no Litoral do Estado. O levantamento eleitoral, divulgado nesta terça-feira (1º) pela TVCI, traz Adriano Ramos (Republicanos) com ampla vantagem contra o ex-diretor do Porto, André Pioli (PSD).
Antes das convenções partidárias, o Iguaçu estava rachado entre a indicação do vereador Arnaldo Maranhão, do PL do Capitão Jair Bolsonaro, e a de Pioli. Por trás da candidatura de Maranhão estava um grupo político que tinha João Carlos Ortega, chefe da Casa Civil e homem de confiança do governador Ratinho, como um dos principais entusiastas. A indicação de Pioli era defendida principalmente, pelos secretários Márcio Nunes, do Turismo, e Sandro Alex da pasta da Infraestrutura. Diante do racha, Ratinho não se envolveu neste processo de autofagia e o ex-diretor portuário acabou ungido.
Não é possível fazer um exercício de futurologia para saber qual seria o desempenho de Maranhão na disputa eleitoral, mas a escolha por Pioli não parece, agora, acertada. A campanha de Pioli não deslanchou — apesar do apoio do governador Ratinho Junior, que gravou vídeo para o correligionário, e do prefeito Marcelo Roque, que se não conseguir emplacar o sucessor vai perder capital político em Paranaguá.
A pesquisa IRG mostra que Adriano Ramos tem 55,5% das intenções de voto na pesquisa estimulada. Pioli aparece distante em segundo com 26%. Nem mesmo a ampla margem de erro, de 4,4%, acalanta o time de Márcio Nunes e Sandro Alex. A pesquisam obviamente, chegou no quarto andar do Iguaçu.
O apresentador Galo (PSB), que já foi deputado estadual, derreteu de vez nas eleições municipais. Na pesquisa IRG ele aparece com míseros 4% de votos — tornando difícil o retorno à vida política. Ele aparece tecnicamente empatado, no limite da margem de erro, com Roselaine Barroso (PL) e Renato da Auto Escola Emanuel (PMB) que aparecem com 1,5% e com o candidato do PDT Magin, que foi lembrado por apenas 1% dos parnanguaras.
Na espontânea, o cenário é o mesmo. Adriano lidera com 43% contra 18,5% de Pioli, 1,5% de Galo e 0,5% dos outros três candidatos. 31,5% disseram que não responderam ou que não sabem em quem votar — margem pequena para tirar uma diferença tão grande.
Se não bastasse a diferença para tirar até domingo, Pioli ainda sofre com outro dissabor: ele é, segundo a IRG, o candidato mais rejeitado junto aos eleitores. 32,5% declararam que jamais votariam no candidato do PSD, enquanto 8,5% dizem rejeitar Adriano Ramos.
Se comparado com a pesquisa anterior, do mesmo IRG, a mais recente sondagem mostra que Pioli subiu numericamente dentro da margem de erro: foi de 15,5% no início de setembro para 18,5% agora. Já Adriano Ramos cresceu 8% — de 35% para 43%.
Os cenários sã0, portanto, pessimistas para André Pioli que até conseguiu convencer o Palácio Iguaçu a disputar a eleição, mas que não logrou êxito, até agora, na missão de cativar o eleitor parnanguara.
Metodologia: A pesquisa do Instituto IRG, que está registrada no TSE sob o número PR-04257/2024, ouviu 500 eleitores entre os dias 27 e 29 de setembro de 2024, tem um grau de confiança de 95% e uma margem de erro de 4,4% para mais ou para menos.