Paulo Martins pode melar planos do PSD

O deputado federal bolsonarista Paulo Martins (PL) ainda não digeriu a derrota nas urnas.

Ele remói e convive com duas certezas: foi prejudicado pela divulgação da pesquisa IPEC, ex-Ibope, na véspera da eleição; e poderia ter melhor sorte se o Palácio Iguaçu o apoiasse de forma uníssona. Esta equação teria lhe custado a vaga ao Senado Federal — vencida por Sergio Moro.

Paulo Martins, portanto, acredita não ter compromissos a cumprir — apesar da relação muito próxima com o governador Ratinho Junior. “São amigos de churrasqueira”.

Diz uma fonte do Blog Politicamente que, apesar da tentava do Palácio Iguaçu de enviar recados pela imprensa, Paulo Martins não está disposto e não precisaria assumir um cargo no segundo governo Ratinho. O deputado, devoto do Capitão Bolsonaro, poderia voltar a exercer a função de jornalista em São Paulo numa grande rede de rádio.

Planos podem ser frustrados — O Blog Politicamente apurou que Paulo Martins pode melar os planos do PSD e do grupo político de Ratinho para 2026. Ele já não esconde de ninguém que quer disputar a eleição para a prefeitura de Curitiba.

Este ímpeto, hoje, vai na contramão do que está planejado por Ratinho e o PSD. O nome da vez é o do atual vice-prefeito Eduardo Pimentel — que foi importado para o PSD com a missão de suceder Rafael Greca.

Paulo Martins tem conversado com os donos de institutos de pesquisa aqui da terrinha pedindo para que inclua seu nome nas sondagens para a disputa pela prefeitura da capital. O bolsonarista quer se mostrar viável para, quem sabe, ser o “escolhido”.

Churrasco — Ratinho terá de fazer um bom churrasco para demover da cabeça do amigo o plano de disputar a prefeitura de Curitiba daqui a dois anos, já que o modus operandi para 2026 deve ser o mesmo desta eleição: uma ampla aliança e sem concorrentes que possam dividir votos.

Vai se repetir a estratégia do argentino do “nós contra eles da esquerda”, com o diferencial que o país agora será governado por “eles”.