Paulo Martins é exonerado do cargo no Palácio Iguaçu

Por Karlos Kohlbach

Paulo Martins (PL) está oficialmente exonerado do cargo de assessor especial do gabinete do governador Ratinho Junior. Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, que o decreto já foi assinado e deve ser publicado no Diário Oficial desta terça-feira (2).

A saída tem relação direta com a eleição de 2024. Paulo Martins recebeu o convite de Ratinho Junior para ser vice de Eduardo Pimentel (PSD) — o candidato escolhido pelos palácios Iguaçu e 29 de Março na disputa pela prefeitura de Curitiba. Esta reunião aconteceu antes do governador sair de férias. Não houve, porém, uma conversa entre Eduardo e Paulo — o que deve acontecer após o retorno de Ratinho. Mas os dois se encontraram recentemente num evento do PL Jovem em Curitiba.

Paulo Martins é exonerado do cargo no Palácio Iguaçu
Paulo Martins, do PL (Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados)

O nome de Paulo Martins não só agrega ainda mais o PL na aliança do PSD, mas traz o ex-presidente Jair Bolsonaro para a campanha de Eduardo Pimentel. A costura política que amarrou o PL foi toda feita pelo governador Ratinho, mas não agradou à todos. O time da prefeitura, capitaneado pela tríade Rafael Greca, Margarita Sansone e Giovani Gionédis, ainda não digeriu bem o nome do ex-deputado federal do PL.

No Palácio 29 de Março a predileção é pelo nome de Mariza Dias, ex-secretária de Meio Ambiente de Curitiba, que deixou o cargo atendendo à legislação eleitoral. Desde então, ela não perde um evento público da Prefs e sempre está ao lado de Greca e Eduardo Pimentel nas fotos.

Paulo Martins a um passo da chapa encabeçada pelo PSD

A exoneração de Paulo Martins é mais um passo da vontade do time do Iguaçu de colocá-lo na chapa encabeçada pelo PSD — custe o que custar. Até porque, Ratinho está de olho em 2026 e não medirá esforços para eleger Eduardo Pimentel sucessor de Greca. Nem que, para isso, tenha que se indispor com atuais aliados.

Oficialmente o discurso é que a vice de Eduardo para as eleições de outubro segue em aberta, podendo ser Paulo Martins, Marilza ou até alguém que o União Brasil indicar — desde que haja o compromisso de que Ney Leprevost desista do pleito. O PP de Ricardo Barros está praticamente descartado no posto de vice. Apesar das hipóteses ainda remotas, só um hecatombe é capaz de tirar Paulo Martins da vice. Ou se algum fato político muito negativo se abata sobre Jair Bolsonaro a ponto de derreter a popularidade do Capitão em Curitiba.

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