Presidentes de sete partidos de esquerda se reuniram mais uma vez em busca de unidade nas eleições de 2024. Deste vez, o encontro foi na sede do PDT e o anfitrião foi o deputado estadual Goura Nataraj, que dirige os pedetistas no Paraná.
Estiveram nesta reunião os presidentes do PT, PSB, PDT, PV, Rede, Psol e PCdoB. Obviamente, que cada partido tem seus objetivos próprios e em muitas cidades candidatos do arco da esquerda podem até mesmo se enfrentar. Mas o que se busca nestes encontros é formar uma frente ampla da esquerda nas 30 maiores cidade do Paraná.
E aí haja papel e caneta para desenhar os cenário nestes 30 maiores municípios. É um jogo de xadrez, muita negociação para se chegar a um denominador comum. Não é fácil.Curitiba é o maior exemplo.
Dos sete partidos, dois já dizem ter pré-candidatos: PSB com o ex-prefeito Luciano Ducci, e o PDT de Goura. O PT tem feito discussões internas e não descarta também lançar pré-candidato. Mas a notícia que vem de Brasília é que já esta muito bem alinhavado o apoio do PT com o PSB em Curitiba — a mesma estratégia adotada com Guilherme Boulos (Psol) em São Paulo.
Resistência e estratégia — O PDT, porém, ainda está resistente à ideia de compor esta frente ampla. Na verdade não há objeção à frente ampla. A relutância está na cabeça da chapa. Goura diz ser o candidato natural ao Palácio 29 porque na eleição passada, em 2020, ele ficou atrás só do prefeito Rafael Greca que conseguiu a reeleição. Sem falar no pleno aval da executiva pedetista.
Fontes ouvidas pelo Blog Politicamente contam que a estratégia futura é convencer o Goura a deixar o projeto pessoal de lado e embarcar na frente ampla da esquerda. Tem gente dizendo até que Goura poderia ser vice do Ducci. Pelo menos essa será uma das propostas colocadas à mesa de negociação.
As articulações devem se intensificar com a rotina de pesquisas de intenção de voto que vai clarear o cenário. Até porque hoje, oito em cada dez eleitores de Curitiba não querem, ainda, saber de eleições — dado mostrado pelo Instituto Paraná Pesquisa.
A esquerda vai tentar atrair também partidos que flertam com o presidente Lula no cenário nacional. Por aqui, pelas terras das araucárias, o foco deve ser o PSDB do ex-governador Beto Richa que, embora brade estar disposto a disputar a eleição em 2024, há resistências dentro do próprio ninho tucano.
Os encontros da esquerda vão continuar acontecendo pelo menos uma vez por mês para alinhar as estratégias. E não será surpresa se nas primeiras reuniões em 2024 novos presidentes se sentem em torno da mesa para discutir as eleições municipais.