Vai chegar à mesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos próximos dias os nomes dos 4 indicados para as 2 vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com as aposentadorias dos ministros Napoleão Nunes Maia e Nefi Cordeiro.
Para a vaga do curitibano Nefi Cordeiro, as classes jurídica e política do Paraná já iniciaram uma movimentação em apoio ao nome do magistrado Fernando Quadros. Natural de União da Vitória, desde 2009 ele é desembargador no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre e cuja área de abrangência engloba o Paraná. Antes, foi advogado, procurador do Estado, procurador do Ministério Público do Trabalho e juiz federal.
Na definição desta quarta-feira (11), o STJ optou por uma lista quádrupla – em vez de duas tríplices –, para que Bolsonaro opte por dois nomes. Além de Fernando Quadros, estão na disputa os desembargadores Messod Azulay, do TRF-2 (Rio de Janeiro); Ney Bello, do TRF-1 (Brasília); e Paulo Sérgio Domingues, do TRF-3 (São Paulo).
Além da campanha em torno da manutenção de um paranaense na vaga de Nefi Cordeiro, Fernando Quadros tem a seu favor o perfil eminentemente técnico e que não vem com o carimbo de grupos políticos nem de padrinhos no Supremo Tribunal Federal (STF). E isso pode ser decisivo para um desfecho favorável a ele, num momento em que a polarização de Bolsonaro com a esquerda tem se acentuado bem como as divergências com vários ministros da Suprema Corte.
Essa é a segunda vez que Fernando Quadros integra a lista para indicação ao STJ. Em 2015, ele teve o nome preterido pela então presidente Dilma Rousseff, que acabou optando pelo desembargador federal Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.