O Estado do Paraná é o principal foco da operação deflagrada na manhã desta terça-feira (5) pela Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal e a Controladoria Geral da União (CGU). A ação acontece no Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, mas o maior número de mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no estado paranaense.
Dos 54 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, 43 estão sendo cumpridos no Paraná: são 18 em Curitiba, seis em Londrina, outros seis em Maringá, quatro na cidade de Marechal Cândido Rondon, três em Cascavel, dois em Guarapuava e no município de Rolândia, e um mandado de busca apreensão em Pato Branco e Goioerê.
O alvo é uma quadrilha suspeita de envolvimento num esquema de corrupção, licitação fraudulenta e desvios de recursos públicos envolvendo funcionários públicos vinculados à Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Paraná (DNIT/PR). A ação é um desdobramento da operação Rolo Compreensor, deflagrada no ano de 2022.
A investigação apontou que, entre 2011 e 2022, funcionários públicos do DNIT receberam valores ilícitos de empresas que mantinham contratos com o poder público. As suspeitas não param por aí. Ao longo da investigação teriam sido identificados indícios de fraudes em licitação, atos de corrupção e falhas na supervisão e fiscalização das execuções das obras contratadas pelo DNIT/PR. A PF se deparou ainda com atos de lavagem de dinheiro praticados para acobertar a movimentação dos recursos ilícitos.
Os mandados de busca foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba, que ainda determinou o sequestro e o bloqueio de bens móveis e imóveis, de veículos de alto valor, além do bloqueio de ativos financeiros dos investigados.
Participam desta operação cerca de 240 agentes da PF, 12 Auditores-fiscais e Analistas-tributários da Receita Federal, além de servidores da Controladoria Geral da União (CGU).
Mais informações em breve.