Os planos ousados do casal Moro para a eleição de 2026

O casal Sergio e Rosangela Moro inicia o segundo semestre de 2024 com projetos políticos ambiciosos para 2026. Um otimismo que contrasta com a apreensão vivida nos primeiros seis meses do ano.

Ele passou por maus bocados enfrentando, desde 2023, um longo e arrastado processo na Justiça Eleitoral que amaeçava o mandato de senador da República. Ela se deparou com uma situação mais recente e muito menos tensa, quando questionaram a mudança do domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná. Ambos saíram vitoriosos na Justiça Eleitoral. E os dois tiveram o PT como principal algoz — consequência direta da atuação de Moro como juiz da Lava Jato.

Há em Brasília quem aponte numa conexão entre os dois processos. A transferência do domicílio eleitoral de Rosangela Moro teria sido uma condição imposta pelos caciques de São Paulo para ajudar na interlocução com os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas outros acreditam que esta conexão não existe, que não passa de boatos da classe política paulista. Tem especulação para os dois lados.

O casal hoje olha, de mãos dadas para o futuro, com foco em 2026. Sergio Moro começa a se posicionar como um player para disputar o Governo do Estado. E não esconde isso de ninguém. A esposa já admite publicamente que pode vir a disputar a eleição de 2026 pelo estado do Paraná — até por força da mudança do domicílio eleitoral. Mas até 2026, Rosangela promete representar os mais de 200 mil eleitores de São Paulo na Câmara Baixa.

De olho na presidência — Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que Moro estaria de olho no comando do União Brasil do Paraná — posto hoje exercido pelo deputado federal Felipe Francischini. Seria a primeira estratégia para chegar ao Iguaçu.

O ex-juiz, que é o atual vice-presidente do diretório estadual, teria inclusive conversado, de forma individual, já com alguns federais do partido. Um deles confirmou ao Blog Politicamente a intenção do senador. Mas para isso, Moro teria de recorrer ao poder Judicário, uma vez que Francischini foi eleito para um mandato até 2027. Não é uma tarefa fácil e meramente política.

De qualquer maneira, o casal Moro faz planos. E a estratégia de ambos é se posicionar como anti-PT, discurso com aderência no Paraná. O sonho de suceder Ratinho Junior no Palácio Iguaçu tem ressonância dentro do União Brasil fora do Estado — agrada, principalmente, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, que assim como o colega paranaense se coloca como postulante na eleição presidencial de 2026.

Caiado observa — Se Moro conseguir jogar água no chope nos planos de sucessão de Ratinho, Caiado pode se beneficiar na disputa direta contra o paranaense.

A pré-candidatura de Ney Leprevost em Curitiba pode, desta maneira, fortalecer Felipe Francischini — já que uma eventual desistência pode alimentar o discurso de Moro para “ganhar” o diretório estadual, já que o União não teria candidato na capital paranaense, nem em Londrina e Maringá, grandes centros urbanos do Paraná.

Se Moro pensa no Palácio Iguaçu, os planos futuros de Rosangela não têm limite. Ela pode tentar a reeleição na Câmara Federal, impulsionada pelo marido/candidato. Ou quem sabe até pensar em trocar o tapete verde pelo azul da Câmara Alta.

Rosangela e Moro sonham com 2026 e os planos são grandes. Em Brasília, alguns políticos dizem que o PT de Lula ainda não esqueceu os feitos de Moro quando juiz da Lava Jato. Esperam novos desdobramentos das apurações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). E dizem, nas rodas de conversa mais reservadas, que quanto maior o sonho, maior o tombo. O ditado pode ser apenas, tema de roda de conversa e nada mais.

 

Foto: Reprodução Redes Sociais

Compartilhe nas redes