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Os Barros afiam as lanças para encarar candidatos do Palácio Iguaçu

Foto: Reprodução Redes Sociais

Ricardo Barros, deputado federal e secretário de Indústria de Ratinho Junior, segue mexendo as peças do PP no tabuleiro do xadrez eleitoral das principais cidades do Paraná. Em comum nesse grandes centros, é a presença de pré-candidatos fortes do campo Progressista que irão confrontar aliados do governador nas urnas na eleição de outubro.

As lanças estão apontadas e afiadas ao Iguaçu. O cenário nos principais centros urbanos do Paraná está bem desenhado. O PP tem candidatos fortes e que vão contra os interesses e candidatos do Palácio Iguaçu. Ricardo Barros, que é um dos maiores estrategistas e articuladores políticos do Paraná, percorreu o estado, há tempos e em silêncio, para montar candidaturas fortes — suficiente para encarar de igual para igual o candidato do governador Ratinho Junior. Barros não mira só 2024, os olhos dele estão já em 2026 e na disputa pelo Senado Federal. As lanças estão afiadas e o governo, por ora, monitora os passos dos Barros. Nem o PT ameaça tanto os planos de Ratinho quanto o PP do seu secretário Ricardo Barros.

Na capital — Em Curitiba o cenário é mais nebuloso. O PP já sinaliza que pode recuar da pré-candidatura da deputada estadual Maria Victória e até mesmo da indicação do nome dela para a vice de Eduardo Pimentel (PSD). Nos bastidores, o PP fez chegar um recado bastante claro e direto ao Palácio Iguaçu: os Barros topam abrir mão da participação de Maria Victória na eleição de outubro desde que haja uma articulação para colocá-la na 1ª secretaria na próxima eleição da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa. Com a devida benção do governo.

Analistas políticos que dão ponto no Centro Cívico e circulam com desenvoltura tanto no Palácio quanto na Assembleia consideram muito difícil que tal proposta seja aceita. O entendimento é que os Barros ganhariam muito poder tendo a chave do cofre do legislativo estadual. Sem acordo, o PP voltaria a insinuar uma pré-candidatura de Maria Victória para a prefeitura de Curitiba. O antídoto seria o prefeito de Curitiba Rafael Greca, que teria que entrar em ação, já que é muito próximo aos Barros, para desmobilizar o ímpeto progressista e não atrapalhar os planos já desenhados pelo Palácio para Eduardo Pimentel.

O PP no interior — Saindo da capital, em direção ao interior, o cenário de embate entre PP e PSD é latente. Em Ponta Grossa, Ricardo Barros articulou e conseguiu filiar a vereadora Joce Canto para disputar a prefeitura da cidade. E Barros já adiantou que a conversa sobre a filiação da deputada estadual Mabel Canto, irmã de Joce, está muito bem avançada. Mabel deve ingressar no legenda na próxima janela partidária, em 2026, ou se houver a anuência da Federação PSDB/Cidadania para que ela saia sem perder o mandato.

Na cidade dos Campos Gerais, Ratinho vai trabalhar para eleger, novamente, Marcelo Rangel — seu secretário de Inovação. Após o desentendimento com a prefeita Elizabeth, o grupo ruiu e os dois devem se enfrentar nas urnas. O PP deve só observa a “guerra entre a atual e o ex-prefeito” e quer turbinar Jocelito Canto, pai de Joce, para eleger a filha como uma terceira via.

No 2° colégio eleitoral — Na cidade Londrina, o segundo maior colégio eleitoral do Paraná, o PP, que já comanda a cidade com o prefeito Marcelo Belinati, anunciou que a candidata a sucessão será a atual secretária Municipal de Educação, a professora Maria Tereza. Muita gente esperava a indicação do secretário de Saúde, Felippe Machado, mas o nome indicado pelo partido é o da professora Maria Tereza. O fato dela não ser nascida em Londrina pode ser um ponto a ser explorado pelos adversários na campanha, mas a boa aprovação da gestão Belinati e o trabalho desenvolvido na Educação municipal serão os trunfos dos Progressistas.

Ainda pairam dúvidas sobre quem será o candidato do governo, que receberá a benção de Ratinho. Tiago Amaral está na briga e conta sempre com a boa articulação política do pai, o conselheiro do Tribunal de Contas, Durval Amaral. Mas vem crescendo uma corrente, de fora para dentro do Palácio, de apoio ao nome da deputada Cloara Pinheiro que já disse aos seus mais próximos que apesar da disputa pela prefeitura não estar nos planos, não negaria um pedido dos Ratinho. Assim mesmo, no plural. Tanto Tiago quanto Cloara são do PSD, mas uma disputa interna entre eles estaria descartada — tendo no radar do partido a necessidade de ofertar a carta de anuência para uma saída pacífica do partido. Sem traições e puxão de tapete, tudo na mais alta elegância.

Na terra dos Barros — Em Maringá, reduto eleitoral dos Barros, uma “velha novidade”. O PP vai lançar Silvio Barros, irmão de Ricardo, para a prefeitura da Cidade Canção. O anúncio da filiação veio anexado com uma foto de Silvio com Ratinho no gabinete do 3° andar. Para bom entendedor… Por ser a terra dos Barros, talvez Ratinho declare neutralidade. Lá já estão escalados para a eleição o Edson Scabora, vice-prefeito da cidade e candidato de Ulisses Maia, além dos deputados estaduais Delegado Jacovos (PL) e Do Carmo (União Brasil). Promessa de boa disputa na Cidade Canção.

No Oeste — Nas duas principais cidades fronteiriças, o PP já fincou a bandeira Progressista. Em Cascavel, com a pré-candidatura do deputado estadual Marcio Pacheco para disputar a prefeitura. Aliado de todas as horas do governador, o prefeito Paranhos vai apoiar o vice, Renato Silva, e espera contar com Ratinho na campanha para fazer seu sucessor.

A novidade é na cidade de Foz do Iguaçu, onde o onipresente Ricardo Barros assinou a ficha de filiação de Paulo Mac Donald, agora ex-Podemos, que foi vereador e prefeito da cidade por dois mandatos consecutivos. Nome forte na disputa pela prefeitura. Em Foz, o Palácio deve caminhar junto com o general Joaquim Silva e Luna, que foi diretor da Petrobras e da Itaipu Binacional, e esta filiado no Republicanos.

 

 

Redação Redação:

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