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Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (19) em Maringá, numa ação deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MP) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação Pix teve como alvo funcionários públicos do município suspeitos de praticarem improbidade administrativa e crimes de corrupção, concussão e ambiental.
O grupo estaria se aproveitando do fato de Maringá ser uma das cidades mais arborizadas do Brasil para praticar os crimes — o município detém o título de “Cidade Árvore do Mundo”, concedido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO-ONU) em parceria com a Fundação Arbor Day.
Um dos fatores que garante a participação de Maringá neste seleto grupo, que conta com a participação de Nova Iorque e Paris, por exemplo, é o manejo sustentável das árvores e das florestas urbanas. A necessidade de manutenção abriu a possibilidade para a corrupção.
Maringá possui um cadastro para que a população solicite os trabalhos de cortes, podas e remoção de árvores sem a cobrança de taxas. A fila é longa e gera muitas reclamações, pois a execução dos serviços pode levar até quatro anos. Porém, se o PIX fosse executado pelos funcionários públicos, o trâmite passava a ser mais rápido. Segundo o MP, além de utilizar a estrutura pública para executar as tarefas, muitos dos cortes eram feitos sem o laudo técnico dos engenheiros.
O MP pede às pessoas que foram lesadas pelo grupo que entrem em contato com a promotoria da cidade para fazer a denúncia.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da prefeitura de Maringá afirma que a denúncia partiu da própria administração após a realização de uma sindicância. A prefeitura informou ainda que todos os funcionários suspeitos foram afastados das suas funções.