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Um diretor da Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (Codar) e pessoas ligadas a empresa TechPavi Pavimentação são alvos de uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (28) pela Polícia Civil do Paraná. Policiais da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriram nove mandados de busca e apreensão.
Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que entre os alvos está Sérgio Antônio Rogério, diretor administrativo da Codar. A própria Codar foi alvo de busca e apreensão.
A suspeita é que maquinários da Prefeitura de Arapongas, no Norte do Estado, tenham sido desviados para que a empresa realizasse obras de pavimentação asfáltica. Ou seja, a empresa venceu uma licitação pública da Prefeitura de Arapongas e, ao invés de usar o próprio patrimônio para execução de obras públicas, utilizou bens do município.
Empresa de fachada — “No decorrer das investigações, descobriram-se evidências de que a empresa contratada, na verdade, é de fachada, não possuindo sequer uma sede própria. Parte dos veículos e maquinários utilizados são de empresas diversas, em nome do principal investigado, sócio oculto da empresa contratada”, explica o delegado Thiago de Oliveira, que coordena a investigação.
Os mandados foram cumpridos em endereços ligados a suspeitos de desviar as máquinas da Prefeitura de Arapongas. O caso foi denunciado pelo vereador de Arapongas, Décio Rosanelli (Podemos), que foi até uma obra da empresa e flagrou as máquinas da prefeituras de Arapongas realizando o serviço. Para tentar disfarçar, foi colocado um adesivo bem em cima da identificação de um trator.
Após a deflagração da operação, a polícia deve focar agora a investigação na análise dos documentos e aparelhos eletrônicos apreendidos e também no suposto envolvimento de servidores públicos no esquema criminoso.
Outro lado — O Blog Politicamente entrou em contato com a Codar. O diretor-presidente, Davi Oliveira Ribeiro, disse primeiramente que, neste momento, não comentaria a ação policial. Depois afirmou que a Codar esta muito tranquila com relação a operação tem viés político. “Isso é momento político. Não seríamos tão burros de fazer um negócio deste na véspera de uma eleição”, desse.
Ele explicou que a Codar é uma sociedade de economia mista e que poderia, a qualquer momento, alugar o maquinário. “Foi uma máquina, porque teve um problema. São inverdades politicas. A máquina foi cedida pela Codar, fizemos um contrato, tem nota fiscal”, contou Ribeiro, citando que a empresa pagou pelo uso do maquinário. “Foi cobrado por hora”, acrescentou.
O Blog Politicamente pediu a cópia do contrato e da nota fiscal, mas o diretor-presidente disse que todos os documentos estão disponíveis no Portal da Transparência da entidade.
O diretor-administrativo Sérgio Antônio Rogério não foi encontrado para comentar a ação da polícia. O Blog também entrou em contato com a TechPavi Pavimentação, mas o dono da empresa não estava.