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O ensurdecedor silêncio de Alvaro Dias

Foto: Divulgação Senado Federal

Uma das peças do xadrez político do Paraná mais impactada com o revés sofrido ontem pelo ex-juiz federal Sergio Moro (União) talvez tenha sido o senador e pré-candidato à reeleição Alvaro Dias (Podemos).

Com boas chances de se reeleger, segundo a última pesquisa IRG, para mais oito esticados anos no Senado Federal, Alvaro não esta tranquilo. Não sabe ainda por qual caminho vai trilhar na eleição de outubro. O sonho dele é disputar a reeleição na chapa encabeçada pelo governador Ratinho Junior (PSD) – posição que está cada vez mais distante.

Com a negativa do domicílio eleitoral em São Paulo, determinada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Moro decidiu retornar às origens. Já está batido o martelo que o ex-juiz disputará um cargo eletivo pelo estado do Paraná. A dúvida que ainda paira é: qual cargo?

Moro já disse aos aliados que pretende disputar o Senado. Mas a direção do União Brasil no Paraná, comandada pelos Francishinis, sabe do peso da peça que ontem, com a decisão do tribunal paulista, voltou para o tabuleiro. Entre riscos e rabiscos começou a ser ensaiada uma J’adoube (tradicional jogada do xadrez) tendo Moro como trunfo.

Alvaro Dias está ciente das movimentações e, por ora, preferiu o silêncio obsequioso. “Só assisto. Não opino. O silêncio é sábio” disse o senador ao Blog Politicamente.

Encarar Sergio Moro nas urnas não estava nem esta nos planos de Alvaro Dias – que foi, talvez, o primeiro aliado político do ex-juiz federal. Mas tê-lo ao seu lado pode ser uma das saídas. Alvaro Dias que, como num balão de ensaio, já cogitou até disputar a presidência da República hoje não descarta concorrer ao Palácio Iguaçu – de onde saiu em 1991. Pelo menos, não publicamente.

As pesquisas internas já vão a campo para medir no sismógrafo o impacto do retorno de Sergio Moro ao cenário político das Araucárias. Assim que o governador retornar da Itália, no domingo, já terá conhecimento do reflexo causado. Obrigatoriamente terá de rever o posicionamento de algumas de suas peças no tabuleiro para garantir mais quatro anos de governo.

Redação Redação:

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