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O difícil xadrez de Carol Dartora para 2024

A deputada federal do PT, Carol Dartora, talvez possa ser um dos poucos fatos novos capaz de despontar no quadro eleitoral 2024 na capital dos curitibinhas — apesar dos adversários internos e externos poderosos.

São muitas correntes internas no Partido dos Trabalhadores e grandes interesses no jogo estadual que atrapalham a pré-campanha aberta de Carol Dartora. A começar pela disputa já quase pública entre os companheiros Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu. Ambos querem disputar a vaga de Sergio Moro, que usou essa semana a sabedoria de Mark Twain para lembrar que está vivo e com votos, principalmente na República de Curitiba.

Até o desfecho do julgamento Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná das ações do PL e do PT que pedem sua cassação, Moro e o já cassado Deltan Dallagnol vão ficar silentes sobre qual candidatura o “lavajatismo” colocará em curso na sua cidade símbolo.

Velhos conhecidos — Entre petistas, bolsonaristas e concorrentes diretos, os outros players são velhos conhecidos do eleitor curitibano. Ney Leprevost (União Brasil) estava com a mão na taça em 2016 e perdeu para Rafael Greca na última semana do segundo turno. Vem buscando a todo custo viabilidade dentro do União Brasil — e tem avançado nas últimas semanas para consolidar agora em agosto a pré-candidatura.

Luciano Ducci (PSB), hoje defensor da causa socialista e do governo do presidente Lula, ex-vice prefeito de Beto Richa (PSDB), é outro entrave ao projeto da petista Carol Dartora. Ducci defende a frente ampla da social democracia, com socialistas e petistas na mesma canoa. Dispensa os radicais da federação PSOL/Rede.

Mesma tese é defendida por outro conhecido: Goura Natataj, deputado estadual, presidente do PDT e bem relacionado entre alguns representantes do petismo curitibano. Com experiência na eleição de 2020, quando superou a rica campanha do Delegado Francischini (União Brasil), Goura quer unir para não desunir o campo da esquerda.

Favoritismo — Outro conhecido, Eduardo Pimentel, atual vice do prefeito Rafael Greca, e favoritíssimo nas bolsas de apostas do Centro Cívico, também não é novo em encarar a urna: já debutou na eleição em 2010 como candidato a deputado estadual, mas não se elegeu.

Pouca gente lembra que Pimentel alçou voo vertical na política sob as bençãos do ex-governador Beto Richa.

De diretor de marketing da Fundação Cultural de Curitiba, foi assessor direto de gabinete do governador tucano onde ocupava uma das três mesas na ante-sala de Richa. E de lá saiu ungido do Palácio Iguaçu, pela primeira vez, como vice de Greca em 2016.

Pimentel tem anjos da guarda com força sobrenatural, pois conseguiu repetir o feito em 2020, dessa vez apadrinhado pelo governador Ratinho Junior (PSD).

Analistas políticos acreditam que outubro de 2024 ainda está longe e pode reservar muitas surpresas ao longo do caminho.

 

Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

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