Novo de Deltan entra com ação para proibir divulgação de pesquisa eleitoral em Curitiba

O Partido Novo, que tem como grande estrela o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral para proibir a divulgação da pesquisa feita pelo Instituto Radar Inteligência para a prefeitura de Curitiba. A divulgação está prevista para este domingo (17).

Na ação, assinada pelo advogado Leandro Rosa, o Partido Novo sustenta que o registro da pesquisa na Justiça Eleitoral está em desacordo com a legislação e aponta suposta falhas que “desvirtuam a finalidade da pesquisa, consistente em apontar um resultado que seja o retrato fiel da realidade política de Curitiba”.

Pontualmente a ação cita que para as informações sobre “sexo”, “idade” e “grau de instrução”, o instituto afirma que utiliza como fonte os dados do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas quanto ao “nível econômico” dos entrevistados usa os dados do IGBE/Censo — sendo que, segundo o Novo, a Radar Inteligência “não informa o ano de referência das referidas fontes de dados, o que impede a conferência dos dados apresentados”.

Outro fator adotado na ação do partido de Deltan diz respeito ao erro de grafia da pré-candidata do PP, Maria Victória. No questionário o nome dela aparece sem a letra “c”– como Maria Vitória. No entendimento do Novo, o erro pode “atrapalhar a resposta do entrevistado e não pode ser admitido”, sendo assim “temerário autorizar a divulgação dos resultados da pesquisa”.

O fato do nome do pré-candidato Eduardo Pimentel aparecer em todos os três cenários de um eventual 2° turno também é motivo de questionamento. O advogado Leandro Rosa pontua que o instituto de pesquisa “não conta com a possibilidade de o pré-candidato EDUARDO PIMENTEL estar fora do segundo turno das eleições. Qual seria o motivo? No registro apresentado não se encontra nenhuma justificativa para tanto. É, pois, evidente o direcionamento da dita pesquisa, o que não pode ser permitido, sob pena de manipulação do eleitorado”.

Por fim, pede ao juízo eleitoral, liminarmente, a suspensão da divulgação da pesquisa, pois “é certo que a veiculação da pesquisa em exame pode trazer prejuízos irremediáveis aos partícipes do pleito vindouro (candidatos e os eleitores), contaminando a própria lisura das eleições”.

O levantamento vai trazer a pesquisa espontânea, estimulada, simulação de eventual 2° turno, rejeição dos pré-candidatos, avaliação dos governos do prefeito Rafael Greca, do governador Ratinho Junior e do presidente Lula — além da influência dos três no voto do eleitor e também do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Serão apresentados aos eleitores de Curitiba o nome de 10 pré-candidatos ao Palácio 29 de março — embora alguns deles sequer tenham se declarado como tal na disputa. Na pesquisa, constam os nomes de Beto Richa (PSDB), Carol Dartora (PT), Deltan Dallagnol (Novo), Eduardo Pimentel (PSD), Goura (PDT), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victória (PP), Ney Leprevost (União Brasil) e Paulo Martins (PL).

 

Foto: Divulgação

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