A Polícia Federal do Paraná vai investigar a queda de uma torre de transmissão do sistema de Furnas instalada em Medianeira, Oeste do Paraná, e os danos em outras três torres próximas. As estruturas são responsáveis por transmitir a energia gerada por Itaipu para o Sistema Interligado Nacional.
Existe a suspeita de que a queda da torre pode ter relação com os ataques promovidos por apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro que não aceitam o resultado das eleições presidenciais. A queda e os estragos nas torres de transmissão aconteceram na madrugada de segunda-feira (9) — horas depois do ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto — em Brasília. Também houve registro de queda de torre de transmissão no Estado de Rondônia.
Preocupação — Temeroso, o Governo Federal criou um gabinete de crise para acompanhar a situação e garantir a segurança energética do país. Uma das séries de ações desencadeadas pelo gabinete de crise foi o pedido para que a Polícia Federal investigue a causa da queda das torres de transmissão.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) cita em relatório de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro que “há indícios de vandalismo” na queda da torre já que “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres”. A agência fala ainda em “indícios de vandalismo e sabotagem”.
Consequências — A Itaipu, que produz quase 9% de toda a energia consumida no Brasil, informou que não houve problemas na geração de energia e que a produção segue normal.
Em seu site, a Binacional informou que “por ser uma das principais infraestruturas críticas do país, a Itaipu Binacional também intensificou as medidas de segurança de suas instalações a fim de garantir que a produção e transmissão de energia elétrica sigam dentro da normalidade”
Dentre elas, cita a Itaipu, “destacam-se a ativação de novas rotas de inspeções em suas áreas internas e externas, bem como a intensificação do apoio prestado pelos órgãos de Segurança Pública parceiros na região”.