A nomeação de Valdemar Jorge para a presidência da Fomento Paraná pode subir no telhado. É o que se comenta, à boca pequena, no Centro Cívico. O Palácio Iguaçu já estaria desenhando um plano B.
O motivo é o recente julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que validou o trecho da Lei das Estatais que proíbe a indicação de políticos e dirigentes partidários para cargos de direção em empresas estatais ou em conselhos de administração. Valdemar Jorge foi presidente do Republicanos do Paraná até outubro de 2023 — o que violaria a Lei das Estatais.
Apesar da decisão, os ministros da Suprema Corte, por maioria, decidiram manter válidas as indicações que foram feitas enquanto estava em vigor a decisão que suspendeu a aplicação da lei. Ou seja, a vedação vale a partir do julgamento do STF. Um alívio para muito secretário de estado do Paraná que ganha um “capilé” a mais para ocupar um cargo no conselho das empresas. E olha que não são poucos.
Valdemar Jorge era secretário de Desenvolvimento Sustentável do governo do Paraná e acabou entrando na dança das cadeiras promovida pelo governador Ratinho Junior durante a minirreforma no 1° escalão, anunciada no fim do mês de abril.
Abre-se, porém, uma dúvida quanto a indicação de Valdemar Jorge para a Fomento. A nomeação precisa passar pelo crivo do Banco Central — exigência para os cargos da Fomento. O que não se sabe é se o BC vai entrar nesta questão jurídica.
Alguns comentam que a chance de bater na trave a ida de Valdemar Jorge para a Fomento é real e seria só uma questão de tempo. Outros dizem que o acórdão do julgamento no STF sequer foi publicado, o que garantira um tempo a mais para tramitação da nomeação dele para a Fomento. A informação já chegou em Nova Iorque, onde o governador finaliza mais uma missão governamental pelo estado americano.