Por Karlos Kohlbach
Ney Leprevost viajou ontem (10) para Brasília e trouxe na bagagem o apoio total e irrestrito da cúpula nacional do União Brasil para disputar a prefeitura de Curitiba na eleição de outubro. Com uma oferta para assumir a poderosa 1ª secretaria da Assembleia Legislativa em troca da candidatura, proposta avalizada pelo Palácio Iguaçu, a tendência é que Ney agradeça e decline. Péssima notícia para os estrategistas da campanha de Eduardo Pimentel — candidato do Iguaçu e do Palácio 29 de Março.
Ney ouviu de Antonio Rueda, novo mandachuva do União Brasil, que Curitiba é prioridade para o partido, que já olha para o cenário em 2026. Ney saiu da reunião com a promessa de um fundo partidário gordo para fazer frente ao candidato dos palácios. Rueda acenou com a destinação de algo em torno de R$ 10 milhões. É um baita fundo eleitoral.
Agora, se não bastassem os R$ 10 milhões garantidos, o pleno apoio da legenda, Ney ganhou um apoio importante: Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato deve entrar de cabeça na campanha de Ney. Não é por acaso. É bem possível que Rosangela Moro seja anunciada como vice na chapa do União Brasil.
Moro tem seus objetivos próprios. Ele quer ser candidato ao Governo do Estado em 2026. O senador sabe que se quiser ter chances em 2026, precisa ter votos em Curitiba. Moro então vai apostar em Ney em 2024, para Ney ajudá-lo daqui a 2 anos.
As notícias boas para Ney Leprevost não param por ai. Conta uma boa fonte que Moro vai em busca de Deltan Dallagnol para apoiar Ney Leprevost. Em maio, Deltan foi até o Jardim Botânico para posar ao lado de Eduardo Pimentel anunciando o apoio dele e do Novo ao pré-candidato do PSD.
Moro vai conseguir atrair Deltan para apoiar o União Brasil? Deltan vai recuar do apoio a Eduardo Pimentel? Estas são cenas dos próximos capítulos.
Percorrendo a Espanha num motorhome com a família, o governador Ratinho Junior aproveita as paradas da viagem para atualizar o whatsapp. Hoje devem chegar mensagens mostrando todo este cenário envolvendo Ney Leprevost e o União Brasil.
Ratinho, que volta na semana que vem, talvez tenha de rever parte da estratégia desenhada envolvendo a eleição de Curitiba — considerada prioridade máxima para os planos políticos do governador em 2026.
Quando ele deixou Curitiba o cenário era um, agora o jogo mudou e não deve agradar em nada o chefe do Poder Executivo.
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