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Por Regis Rieger
Rosângela Moro deve ser confirmada até o fim desta semana como vice na chapa de Ney Leprevost (União) na disputa pela prefeitura de Curitiba. A afirmação foi feita pelo deputado estadual durante a sabatina realizada nesta terça-feira (16) pela Folha de S. Paulo e pelo Portal Uol.
“Não sou o pai da ideia, mas a ideia é boa”, justificou o deputado. Ele também admitiu que o senador Sergio Moro já está colaborando na construção do plano de governo — muito provavelmente com foco na segurança pública. Uma boa fonte do Blog Politicamente contou que uma das ideias já posta pelo ex-juiz da Lava é transformar a Controladoria do Município numa Agência Anti-Corrupção.
O pré-candidato do União Brasil falou um pouco de tudo: sobre metrô, tarifa zero do ônibus, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), moradores de rua, da ideia de dar status de polícia para a Guarda Municipal com o uso de bodycam, ampliação da Muralha Digital, dentre outros assuntos.
Ney fez questão de mandar o recado de que não rompeu politicamente com o governador Ratinho Junior (PSD) — apesar de entrar na disputa contra Eduardo Pimentel (PSD), o candidato do Iguaçu. Quando foi questionado se desistiria da disputa a pedido do governador, escapou dizendo que vai seguir com o projeto do União Brasil. E admitiu que recebeu recados diretos e indiretos para abrir mão da candidatura em Curitiba, inclusive sobre a proposta de assumir o pomposo posto de 1º secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Experiente, com passagem por cargos no legislativo municipal e estadual, e também pelo Poder Executivo, Ney Leprevost correu do tema de polarização política que tem como expoentes Lula e Bolsonaro. Ao ser perguntado se preferia Lula ou Bolsonaro em seu palanque, já que uma parte da bancada do União Brasil apoia o ex-presidente e outra o atual governo petista, Ney parafraseou o governador para sair da saia justa. “Nós preferimos discutir mais metodologia do que ideologia” — um dos motes dos comerciais do PSD. E completou alegando que é um político de ideias e não de ideais.
“Evito cair nesse tipo de tentação de responder uma pergunta como essa. Por que é muito possível, como prefeito de Curitiba, eu tenha que, por dois anos, conviver com o atual presidente e daqui há dois anos com o novo, que poder ser Bolsonaro”, declarou.
Estrategicamente, Ney Leprevost foi mais crítico ao prefeito Rafael Greca (PSD), do que a Eduardo Pimentel — atual vice-prefeito. Na sabatina, disse que Greca cuidou bem dos bairros de classe média e alta durante a gestão, mas esqueceu da periferia. Mas não deixou de alfinetar o concorrente. Ao falar sobre a ausência de outros partidos para engrossar sua pré-candidatura, em contraposição ao que ocorre com Eduardo Pimentel, Ney disse que é melhor “andar só, do que mal acompanhado” e que não quer fazer alianças para leiloar secretarias.
O pré-candidato do União Brasil foi o primeiro postulante à prefeitura de Curitiba a participar da sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e Portal UOL. O próximo será Eduardo Pimentel, na próxima quinta-feira (18), e no dia seguinte será a vez de Luciano Ducci (PSB).