O nome do deputado estadual Ney Leprevost já aparece no sistema da Justiça Eleitoral como presidente do União Brasil de Curitiba. Na prática, é o primeiro passo para viabilizar a candidatura à prefeitura de Curitiba na eleição de 2024. O documento é uma ducha de água fria para quem apostava que ele não teria o partido para disputar o pleito.
A composição do diretório provisório do União de Curitiba traz nomes de peso e políticos com bom desempenho nas urnas da capital do estado, como do senador Sergio Moro, como tesoureiro-geral, a vice-presidente e deputada estadual Flávia Francischini, além de Tito Barrichello como membro da executiva, além do secretário de Trabalho, deputado Mauro Moraes, que figura como secretário adjunto do partido, entre outros.
O recado é claro: o União Brasil está disposto a encabeçar uma chapa para disputar o Palácio 29 de Março. Uma boa fonte do partido conta que um dos objetivos agora, passada a questão formal da composição do diretório, é um grande movimento que já está em curso em busca de lideranças com voto e influência nos 75 bairros de Curitiba.
Um dos principais desafios de Ney Leprevost será compor um grupo estratégico que atraia outras siglas. Além disso, será necessária a formulação de uma proposta inovadora de governo que sensibilize os curitibanos, sem falar na definição de uma linha de ação para o primeiro e para um eventual segundo turno da eleição.
Luz amarela — A pré-candidatura de Ney Leprevost acende uma luz amarela no Palácio Iguaçu, já que, ao disputar com Eduardo Pimentel, pode haver uma divisão de votos dos eleitores de centro-direita. Sem falar no recall, já que Leprevost disputou a eleição de 2016 perdendo por menos de 60 mil votos.
Nos bastidores do Centro Cívico, a presença de Ney Leprevost na eleição de 2024 não é bem quista. Nada contra a pessoa, mas não há dúvidas que atrapalha os planos desenhados nos gabinetes do 3° e 4° andares do Palácio Iguaçu que têm como objetivo fazer do vice o próximo prefeito de Curitiba.
Se de um lado, a presença de Ney na eleição de 2024 é vista com pessimismo, no campo da esquerda ele é muito bem-vindo. A esquerda desenha a montagem de uma frente ampla para aglutinar os votos e, nem os “canhoteiros” mais entusiastas, contavam com o reforço de Ney Leprevost para embaralhar o xadrez político de 2024.