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Cristina Graeml terá de correr contra o tempo e confiar na Justiça Eleitoral se quiser ser candidata a prefeita de Curitiba na eleição de outubro. O destino e os planos políticos da jornalista já não dependem apenas dela.
Às vésperas da convenção, marcada para esta segunda-feira (5), último dia do prazo, a executiva nacional do PMB dissolveu os diretórios municipal e estadual, após uma reunião realizada no sábado (3). A decisão pela intervenção no partido já foi comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste domingo, os dirigentes do PMB nacional devem se reunir novamente para definir o destino do partido em Curitiba. Uma ala do partido defende aliança com o PSB de Luciano Ducci, num alinhamento semelhante ao de São Paulo, onde o PMB caminhará de braços dados com Guilherme Boulos, do Psol.
A intenção, portanto, é que o PMB apoie o candidato do presidente Lula tanto na capital paulista quanto em Curitiba.
Se não bastasse a intervenção de cima para baixo, Cristina Graeml ainda pode ver o partido se aliando à esquerda — contrariando todo o discurso da jornalista que é bastante alinhada às pautas copnservadoras.
Mas se engana quem pensa que a esquerda está feliz com a dissolução dos diretórios do PMB e a consequente saída de Cristina Graeml da corrida eleitoral. Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que o PSB não vê com bons olhos o ingresso do PMB no arco de aliança.
“A Cristina não tem qualquer identidade com as pautas da esquerda, pelo contrário. É melhor ela disputando a eleição porque divide os votos da direita e do bolsonarismo”, diz. Sem falar que o PMB dispõe do piso do fundo partidário (R$ 3,4 milhões para todo o país) e não agrega tempo de rádio e TV à coligação. O único “incômodo” é assistir uma candidata batendo dia e noite no preisdente Lula durante todo o período eleitoral.
Até agora, a jornalista não se manifestou sobre o golpe sofrido da executiva nacional. O presidente do PMB do Paraná, Fabiano dos Santos, disse ao Blog Politicamente que não vai medir esforços para garantir a candidatura de Cristina Graeml em Curitiba e afirmou que vai ingressar com medidas judiciais para tentar reverter a intervenção.