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Mudanças no Palácio Iguaçu?

Comenta-se a boca pequena, por pessoas com excelente e discreto trânsito no 3° e 4° andares do Palácio Iguaçu, que o governador Ratinho Junior estaria pensando em fazer mudanças pontuais no secretariado. O assunto é tratado a portas fechadas.

Um dos motivos para uma eventual troca no time do 1° escalão teria relação com o marroquino Mehdi Mouazen que é Diretor de Inteligência e Informações Estratégicas da Controladoria Geral do Estado (CGE) e, recentemente, ganhou os holofotes e a atenção dos deputados de oposição ao governo na Assembleia Legislativa. Mouazen deve seguir onde está e não será alcançado por eventuais mudanças no governo.

Mas é justamente por este motivo, por este foco repentino e direcionado ao marroquino, que o governador estaria disposto a mexer em cargos estratégicos. Desde que a figura de Mouazen veio à tona, palacianos confabulam para identificar o foco de informações que têm chegado à imprensa e também aos oposicionistas do outro lado da rua. A desconfiança é de um intenso fogo amigo que pode acabar com aliados de primeira hora chamuscados.

Fontes ouvidas pelo Blog Politicamente garantem que a ofensiva estaria longe de acabar — independentemente de mudanças ou não no secretariado, “já que os focos de informações sobre Mouazen não se restringem ao Centro Cívico”, diz um palaciano, citando, por exemplo, o fato do Ministério Público Estadual e Federal entrarem no caso.

“Investigação a gente sabe como começa, mas não sabe a extensão e nem como ela vai terminar. E tem outra coisa, o Mouazen não é unanimidade dentro do Palácio Iguaçu”, diz uma das fontes consultadas.

É preciso diferenciar o trabalho dos MP`s. Enquanto o Estadual vai focar na compra e uso da ferramenta israelense por parte da Polícia Civil, os procuradores federais vão revisitar todo o processo de naturalização de Mouazen — desde a entrada dele pela fronteira de Foz do Iguaçu podendo até requisitar informações oficiais para os órgãos diplomáticos de Marrocos.

O Governo do Estado vai acompanhar de perto as duas apurações abertas pelos órgãos de controle, mas com especial atenção ao trabalho do MPF — justamente porque ainda busca entender o interesse abrupto na figura de Mehdi Mouazen que há anos transita com desenvoltura e discrição por órgãos e secretarias do governo.

 

Foto: Reprodução Redes Sociais

Redação:

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