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MP vai apurar ação de Tito Barichello em “operação policial”

O Ministério Público do Paraná vai abrir um procedimento para apurar a legalidade da participação do deputado Tito Barichello (União Brasil) numa operação policial que buscava cumprir um  mandado de prisão contra um empresário pelo descumprimento de medida protetiva.

A ação policial não era de conhecimento nem teve autorização da Polícia Civil, por isso a Corregedoria da instituição abriu uma apuração interna. E não deve parar por aí. Os deputados do bloco PT e PDT divulgaram uma nota informando que “irão adotar todas as medidas cabíveis, em âmbito administrativo e judicial, visando uma investigação completa e a devida responsabilização dos envolvidos”. Até o Exército e a Polícia Federal podem ser provocadas a apurar alguma irregularidade de Tito Barichello na ação policial.

O parlamentar se manifestou sobre o caso na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta segunda-feira (25). À imprensa, ele defendeu a legalidade da ação policial e disse que cumpre seus deveres como delegado de Polícia. E afirmou que vai continuar agindo em prol da sociedade. Logo depois do discurso da Tribuna, Tito procurou individualmente quase todos os deputados para se explicar. Conversou ao pé do ouvido até mesmo com seu adversário político, o petista Renato Freitas.

O documento entregue por Tito aos parlamentares também foi repassado à imprensa. O que Tito não conseguiu explicar foi a contradição quanto a natureza do mandado de prisão. Na live e numa emissora de televisão, que acompanham a operação policial, Tito e a esposa, a também delegada licenciada Thatiana Guzella, anunciavam aos quatro ventos, com a devida vestimenta policial, que estavam atrás de um criminoso que havia planejado um macabro plano para tirar a vida do advogado Igor José Ogar.

Mas a decisão judicial, exarada pelo juiz Lourenço Cristovão Chemim, do 3° Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Curitiba, nada cita sobre o tal plano macabro. Destaca, sim, provas de descumprimento da medida protetiva por parte do empresário. Ao decretar a prisão preventiva, o magistrado justifica a medida como uma forma de “propiciar à vítima a interrupção da violência, garantindo o cumprimento das medidas protetivas”.

Com relação à “parafernália” vista na TV e nas redes sociais, com direito a giroflex no carro particular do deputado, passando a percepção de se tratar de uma viatura policial, fuzil, colete com o PIN da DHPP, dentre outras estripulias, o delegado Xerifão não vê qualquer irregularidade, e considerou tudo dentro do mais perfeito estrito cumprimento do dever legal.

 

Redação Redação:

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