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Por Carol Nery
A primeira-dama de Curitiba, Margarita Pericás Sansone, de 79 anos, morreu nesta terça-feira (20) na capital paranaense.
A esposa do prefeito Rafael Greca tratava um câncer e, por isso, estava internada no Hospital Marcelino Champagnat desde o início de agosto. Na última desta sexta-feira (16), o marido de Margarita informou, por meio das redes sociais, sobre a gravidade do estado de saúde dela.
O sepultamento do corpo de Margarita será nesta quarta-feira (21), no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, após uma missa no Memorial de Curitiba, programada para 15h.
Greca e Margarita foram casados por 46 anos — eles começaram a namorar em 1978. O casamento foi em 1991, em cerimônia que teve a celebração de Dom Pedro Fedalto. O casal estava sempre junto e muito sorridente, fosse em eventos oficiais ou extra-oficiais, assim como nas redes sociais. Em qualquer local e a qualquer momento, Greca nunca economizou elogios à amada.
As últimas aparições da primeira-dama ao lado de Greca foram em compromissos da prefeitura. Também no Dia dos Namorados deste ano, Greca postou uma foto ao lado de Margarita e celebrou o amor pela esposa com versos de Pablo Neruda:
“Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho. Assim te amo, porque não sei amar de outra maneira”.
Ainda não há informações sobre velório e sepultamento da primeira-dama Margarita Sansone.
Margarita Sansone se formou em economia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela também estudou Arqueologia e História da Arte na Escola Dante Alighieri, em Roma. Além disso, trabalhou como jornalista — Margarita manteve um portal de notícias sobre política, economia e turismo durante anos — e como professora de Língua e Literatura Francesa.
Como primeira-dama de Curitiba por três gestões, Margarita desempenhou papel importante na área social e que rendeu muitas homenagens a ela ao longo dos anos. Uma delas, em junho de 2023.
Na ocasião, Margarita recebeu o prêmio Rosy de Macedo Pinheiro Lima, entregue em sessão da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O troféu homenageia mulheres que se destacam em suas atividades.
Na primeira gestão de Rafael Greca, de 1993 a 1996, ela fundou a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), a qual foi presidente. Também criou o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), assim como outros programas da área de atendimento social.
Como gestora da FAS, realizou diversos programas, entre os quais Vale Vovó, SOS-Idoso, FAS-SOS, Carrinheiro-Cidadão, Educadores de Rua, SOS Mulher, Vila de Ofícios, Pousada de Maria, Casa da Acolhida e do Regresso, Direito de Família, Tudo Limpo, FAS Trabalho, Liceus e Linhas de Ofícios, Linha Sopão e Farmácia Caseira. Além disso, coordenou a relocação de famílias de áreas de risco, bem como a organização das comunidades de baixa renda.
Como presidente do IPCC, implantou as lojas Leve Curitiba, o Vale-Creche, a Linha da Cidadania, o Refeições Curitibanas, lançando portanto o primeiro restaurante popular do Brasil. Com intensa atuação na área cultural, Margarita presidiu também a Fundação Cultural de Curitiba, quando fundou o Museu de Fotografia da Cidade de Curitiba, o segundo da América Latina, assim como promoveu mostras de arte, cinema e música.
Margarita também foi assessora da Casa Civil do Governo do Paraná e do Museu Oscar Niemeyer (MOM). Desde 2017, a esposa de Greca era consultora estratégica, de forma voluntária, da prefeitura de Curitiba.