Há duas semanas, Sergio Moro era absolvido com um acachapante 7 a 0 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) num processo que o acusava de irregularidade na campanha de 2022. Exatamente duas semanas depois, o ex-juiz da Lava Jato ganha novamente os holofotes.
Está na pauta de julgamento desta terça-feira (4) da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal uma denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Sergio Moro pelo crime de calúnia envolvendo o ministro Gilmar Mendes. Este processo estava parado na Suprema Corte desde maio do ano passado e foi pautado para a sessão desta terça.
O caso é antigo e envolve um vídeo em que Moro aparece numa festa junina num clube de Curitiba falando para algumas pessoas sobre comprar um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes. Este vídeo acabou sendo divulgado e terminou com a denúncia da PGR que pede a condenação do ex-juiz da Lava Jato à prisão pelo crime de calúnia contra Gilmar Mendes.
Na denúncia, a PGR pede que Moro perca o mandato de senador caso a pena imposta pela Suprema Corte seja superior a quatro anos. Fazem parte da 1ª turma do STF os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, que é a relatora deste caso, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Dois dos ministros foram recém nomeados por Lula: Zanin e Flávio Dino.
Na época da denúncia da PGR, Moro se pronunciou sobre o caso dizendo que foi pego de surpresa pela ação, sem que tivesse sido ouvido pelo STF e criticou a pressa da PGR em denunciá-lo.