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Lideranças de Podemos e União só digeriam jantar entre Moro e Bivar na madrugada

Foto: Rede Social

O jantar entre o presidenciável Sérgio Moro (Podemos) e o presidente nacional do União Brasil Luciano Bivar na noite de ontem em Brasília só começou a ser digerido por alguns caciques dos dois partidos durante a madrugada. Luís Felipe Cunha, coordenador executivo da camapnha do ex-juiz federal, também esteve no jantar. Alguns telefonemas trocados entre lideranças das duas legendas com pessoas próximas a Bivar e ao ex-juiz ajudaram a acalmar os ânimos.

Muito se especulou e os cenários são muitos. Algumas fontes ouvidas suscitaram até uma ideia de federação entre Podemos e União. No entanto, uma importante liderança nacional do Podemos, rechaçou a ideia de federação. “Federação não se cogita”, disparou.

Em busca da convergência: “Moro foi convidado a participar dos entendimentos do chamado centro democrático visando buscar convergência em torno de uma candidatura PSDB, MDB e UB, e agora Podemos. Acho que hoje foi a primeira conversa do Moro. Devem discutir critérios para definir candidatura”, disse uma outra fonte do Podemos ao Blog.

Sobre uma eventual chance de Moro deixar a legenda e se filiar ao UB para disputar a presidência da República, um parlamentar do Podemos disse que “desde dezembro do ano passado Moro está liberado para eventual mudança sem constrangimentos”.

Aliança Remota — O Blog Politicamente ouviu também caciques do União Brasil. Alguns torceram o nariz para esta aliança. “Primeiramente, acredito que a questão da federação esta fora de questão. Sobre uma possível filiação de Moro ao UB vejo como muito remota. A realidade e costuras políticas dos Estados inviabilizam esta composição. Para se ter uma ideia, em alguns Estados há políticos que foram alvos de Moro na Lava Jato”, disse um deputado federal do UB.

Outro cacique do UB afirmou que muitos remanescentes do PSL estão no União e por isso ficariam desconfortáveis em fazer campanha contra o presidente Jair Bolsonaro, que ajudou dezenas deles a se eleger no pleito de 2018. “Sem falar nos Democratas. Alguns deles enxergam em Moro empecilho para os planos políticos na eleição de 2022”, comentou um parlamentar também do União. “Moro não tem capilaridade no Nordeste. A bancada de lá é muito resistente ao nome dele”, completou.

E agora? — O prazo de Moro está acabando e ele precisará se posicionar neste xadrez político. Numa das pesquisas mais recentes, realizada pela Ipespe e contratada pela XP Investimentos, divulgada no último dia 25, Moro aparece com 9% contra 44% do ex-presidente Lula e 26% de Jair Bolsonaro.

Uma pessoa próxima ao ex-juiz federal comenta sobre a questão do UB ter mais tempo de TV e fundo eleitoral – razões que julgam ser capazes, entre outras ações, de melhorar o índice junto ao eleitorado brasileiro.

Redação Redação:

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