Ministro de Lula balança após denúncia da PGR por corrupção

Se o presidente Lula mantiver a palavra e o posicionamento externado no ano passado, Juscelino Filho será exonerado do Ministério das Comunicações

Se o presidente Lula mantiver a palavra e o posicionamento externado no ano passado, Juscelino Filho (União Brasil) será exonerado do Ministério das Comunicações e vai retornar à Câmara dos Deputados.

Quando o ministro foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção passiva, organização criminosa e de outros crimes relacionados ao desvio de emendas, Lula disse à imprensa que conversou com Juscelino Filho, durante uma ida ao Maranhão (Estado de Juscelino) e afirmou: “Se o procurador indiciar você (Juscelino), você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, ele fica como ministro, se houver indiciamento, ele será afastado”.

Quase nove meses depois, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro das Comunicações foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Juscelino Filho nega as acusações. O processo corre sob sigilo e está sob a relatoria do ministro Flávio Dino, que até pouco tempo era colega de Juscelino Filho na Esplanada dos Ministérios.

Agora caberá ao STF decidir se aceita a denúncia contra o ministro das Comunicações ou se arquiva o caso. Caso seja aceita, Juscelino Filho vai virar réu.

Está marcada para esta terça-feira (8), uma reunião do ministro com dirigentes do União Brasil para discutir o caso. O partido divulgou uma nota nesta terça em que reitera o apoio ao ministro das Comunicações, no entanto, nos bastidores já tem muita gente do próprio partido acreditando que Juscelino Filho será exonerado.

É a primeira denúncia da PGR contra um integrante do governo Lula 3.0.

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