Desde que o governador Ratinho Junior anunciou que vice-prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel é o candidato dele para a prefeitura da capital na eleição de 2024, o principal cargo que aliados buscam é a “vice do vice”.
Desde então, nos bastidores do Centro Cívico, vários nomes vêm sendo cogitados, uns com mais força e outros apenas como balão de ensaio. Mas nos últimos dias, um nome que estava bem cotado na bolsa de apostas perdeu força. E perdeu muita força.
A deputada estadual do PP, Maria Victoria, filha do deputado federal Ricardo Barros e da ex-governadora Cida Borghetti, era um nome sempre lembrado para vice do Eduardo Pimentel. No entanto, fontes do Blog Politicamente contaram que o nome dela está praticamente descartado para ocupar a vice.
Obviamente que a mais de um ano do pleito, os cenários podem mudar, mas se a decisão tivesse de ser tomada hoje, Maria Victória estaria fora das opções de vice.
O que estas fontes contaram é que já tem gente “do outro lado” fazendo uma espécie de pente fino na vida dos Barros. Levantando processos, ações, possíveis investigações no Ministério Público Estadual e Federal, enfim, “estão levantando informações que poderiam causar algum tipo de desgaste à chapa”. Até o caso da compra da vacina Covaxin estaria sendo analisada, embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha arquivado o procedimento sobre eventual participação do então líder de Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, na compra do imunizante.
Não se sabe se ao certo se foi encontrado algo nesta busca ao passado da família Barros, mas algumas informações já chegaram ao grupo político liderado pelo governador Ratinho Junior. E na balança dos “prós e contra”, conta a fonte, a decisão é que mais poderia atrapalhar do que ajudar na eleição de Eduardo Pimentel. Obviamente que Eduardo Pimentel pretende contar com o PP na coligação, com Ricardo Barros, Maria Victoria, mas não como vice.
Outro fator que pesou nesta decisão foi o desempenho eleitoral de Ricardo Barros e Maria Victoria em Curitiba na eleição de 2022. Ele teve 11.400 votos na capital, mesmo tendo o apoio da prefeitura de Curitiba com direito até a gravação do prefeito Rafael Greca pedindo voto. Ricardo Barros fez 3.782 votos em Curitiba mesmo sendo líder do ex-presidente Bolsonaro na Câmara Federal.
A vaga de “vice do vice” ainda esta em aberto. Não há um nome de consenso. Alguns cogitam um candidato(a) que poderia vir do Podemos com aval do ex-deputado federal Deltan Dallagnol e até do senador Sergio Moro numa articulação política. Tem gente, no entanto, defendendo chapa pura, ou seja, alguém do próprio PSD de vice, e outros apostam num nome novo sem histórico político.