O Palácio Iguaçu colocou uma lupa sob a lista de assinaturas da PEC do Orçamento Impositivo que tramita, agora a passos mais lentos, na Assembleia Legislativa do Paraná. E tem grifado o nome dos parlamentares da base governista que toparam dar andamento na PEC.
A PEC, se aprovada, obriga o Governo a destinar 2% da receita corrente líquida para emendas individuais, o que se traduziria em pouco mais de R$ 16 milhões para cada um dos 54 parlamentares. O Palácio Iguaçu é contra a PEC, mas tem dado corda e pouco, ou quase nada, interviu. Dos Estados Unidos veio a ordem para esperar o governador Ratinho Junior retornar da missão internacional.
Um dos nomes na lista da PEC que chamou a atenção dos palacianos foi o de Marcel Micheletto (PL) — que além de já ter sido líder do governo Ratinho na Assembleia e também secretário de Administração, é considerado amigo pessoal do governador. “De dentro da casa do governador”, diz um parlamentar. O Blog Politicamente chegou a questionar o deputado sobre a assinatura, mas ele não respondeu.
O Blog, então, conversou com fontes tanto da Assembleia quanto do Palácio Iguaçu. Um dos motivos seria o desejo de Micheletto de voltar a ocupar a liderança do governo, no lugar de Hussein Bakri (PSD) — já que ele não foi chamado para compor o secretariado e ficou “apenas” com a 1° vice-presidência da Assembleia.
A intenção seria desgastar Bakri no papel de líder que, em tese, não teria conseguido “segurar a base”. Mas o que se comenta dentro do Palácio, e também lá nos Estados Unidos, é que o “Turquinho”, como Hussein Bakri é chamado, segue firme e forte na liderança do governo Ratinho.