Um grande evento no restaurante Madalosso, nesta sexta-feira (25), vai marcar o ato de filiação de pelo menos sete deputados estaduais do Paraná ao PSD do governador Ratinho Júnior. A solenidade, muito mais que as filiações, é uma demonstração de força política no Estado.
A bancada do PSB vai inteira dizimando a representatividade do partido na Assembleia Legislativa. Alexandre Curi, Artagão Júnior, Jonas Guimarães, Luiz Cláudio Romanelli e Tiago Amaral passam a compor o quadro do PSD. No PSB do Paraná restará Luciano Ducci que vai tentar a reeleição na Câmara Federal, uma vez que o deputado federal Aliel Machado externou que não pretende ficar na legenda.
Já Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, e Paulo Litro anunciaram que deixarão o ninho tucano para ingressar no PSD.
O eixo das forças políticas do Paraná se move. O governador consegue trazer o presidente da Assembleia e o primeiro secretário da Casa. Engrossa a chapa para 2022 com “tubarões” e tudo leva a crer que o PSD formar a maior bancada na Assembleia – podendo chegar até 17 parlamentares.
Mas este descolamento político tem consequência. A principal delas é a acomodação política. Ratinho Júnior jogou bem, deu ainda mais musculatura para o partido, o que refletirá positivamente na sua reeleição, e acenou com um leque de possibilidades. A mais imediata, o posto de vice na chapa de reeleição.
Mas, nos próximos quatro anos, os políticos estarão de olho em vagas estratégicas: começa pela presidência e primeira secretaria da Assembleia, eleição para prefeito, em especial de Curitiba, vaga no Tribunal de Contas do Estado, duas vagas ao Senado Federal e o sucessor de Ratinho Júnior no Governo do Estado. Com um cardápio vasto deste, até tubarão sai satisfeito.