Lula nomeia Michele Caputo e ministros para Conselho da Itaipu

Agora é oficial. O ex-deputado estadual do PSDB Michele Caputo foi indicado pelo presidente Lula (PT) para compor o Conselho de Administração da Itaipu Binacional.

Além dele, outros quatro ministros de Lula figuram no quadro de conselheiros da usina. Resta apenas uma vaga de conselheiro. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6). O mandato vai até 16 de maio de 2024.

Há mais de um mês, o Blog Politicamente mostrou toda esta articulação envolvendo, quem diria, petistas e tucanos do Paraná. O famoso almoço na Costelaria em Curitiba teria selado o destino de Caputo.

Mas que diabos um tucano faz num cargo altamente disputado, cobiçado e, em tese, comandado pelo PT? E como Caputo, com abrangência política restrita ao Paraná, conseguiu o aval do presidente Lula para ser nomeado?

Todas estas questões são respondidas com um único fato: PT e PSDB estão andando sim, de mãos dadas, com o pretexto de garantir governabilidade no Congresso Nacional. Essa união, em muitos Estados, é impensável. No Paraná, também imaginava-se, mas houve um entendimento com a chancela do ex-governador Beto Richa — que preside o PSDB no Paraná.

Alguns, inclusive, comentam que nas eleições municipais de 2024, PT e tucanos podem estar no mesmo palanque. Em Curitiba, esta possibilidade pode acontecer num eventual 2° turno. A prova disso, foi a presença de Caputo, com plena ciência de Beto Richa, no 1º Encontro da Coalizão em Defesa do Paraná, realizado com presidentes e representantes dos partidos PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PSOL, PT, PV e Rede — todos de esquerda.

Para se ter uma dimensão do que significa a presença de Michele Caputo entre os conselheiros de Administração da Itaipu basta ver os demais nomeados: os ministros Alexandre Silveira de Oliveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e Rui Costa dos Santos (Casa Civil).

Esta composição do conselho só prova que, pelo menos no Paraná, PT e PSDB estão juntos, mesmo após uma história de divergência política.

 

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