Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
Luciano Ducci (PSB) fez parte do governo de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na campanha de 2022, o partido se abraçou ao petista, mas no Paraná não apoiou o candidato da legenda ao governo, o ex-governador Roberto Requião. Ducci, por algumas vezes, chegou até evitar vincular a imagem ao PT — que detém certa resistência junto aos eleitores paranaenses.
Nas redes sociais do ex-prefeito de Curitiba nenhuma menção à eleição presidencial e muito menos ao candidato do PT na época eleitoral. Pelo contrário, há registro da participação de Ducci num evento de campanha do governador Ratinho Júnior (PSD).
Passada a eleição presidencial, vencida por Lula, o comportamento mudou da água para o vinho. Uma guinada desenfreada ao PT de Lula. Gravata vermelha, visitas a ministros de Lula e uma aproximação estratégia ao vice-presidente Geraldo Alckmin — companheiro de partido.
Com enorme dificuldade na articulação política com a Câmara Federal, o PT tem sofrido sucessivas derrotas e a bancada fiel não faz frente ao Centrão. O PSB de Ducci é considerado, obviamente, aliado do governo federal.
Governo mesmo? — Mas na votação do marco temporal, em que o Lula perdeu a votação, Ducci viveu um dia de oposição ao PT depois que o PSB liberou a votação. Enquanto toda a bancada paranaense do PT votava contra a proposta, Ducci “endireitou” e votou “sim” com o Centrão.
Na rede social, nenhuma postagem sobre a votação do marco temporal. Mas ontem (31), Ducci “voltou para a esquerda” na votação da MP (medida provisória) que recriou o Bolsa Família. Aí, o ex-prefeito de Curitiba foi imediatamente às redes comemorar a “vitória”do governo Lula.
Esta “bipolaridade momentânea” já teria chegado à cúpula do PT, que, a prinícpio, “deu de ombros”. Mas, diz uma fonte petista, que não acredita numa nova “crise de personalidade” de Luciano Ducci.
“O nome a esquerda” — O Blog Politicamente já mostrou que Ducci foi até Alckmin para expor o desejo de disputar a prefeitura de Curitiba — embora desfrute de algumas dezenas de cargos no Palácio 29 de Março e o prefeito Rafael Greca já ter anunciado que apoiará seu vice, Eduardo Pimentel, em 2024.
Alguns arriscam dizer que a estratégia, para lá de ousada de Ducci, seria reunir toda a ala canhota e também o PSDB do ex-governador e amigo Beto Richa em torno da sua candidatura — cenário pouco provável.