Lorde? Ex-prefeita registra BO contra deputado após ofensa

Todo mundo já esperava uma disputa quente pela prefeitura de Guaratuba, no Litoral do Paraná, mas a situação descambou. E olha que ainda restam seis meses para a eleição.

A ex-prefeita da cidade, Evani Justus, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o deputado estadual Nelson Justus (União Brasil) — pai do prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, e cunhado de Evani.

O Blog Politicamente teve acesso ao BO. Nele, Evani narra que estava no Centro de Eventos da cidade, onde o governador Ratinho Junior anunciaria investimentos para o município, quando foi surpreendida por Nelson Justus que “em alto e bom som” teria dito: “vagabunda, vagabunda. Aqui é só para autoridades”. A turma do deixa disso entrou em ação para separar os parentes. Evani acabou deixando a solenidade para “evitar mais constrangimentos”.

Evani diz no BO que o motivo foi o impasse político e que o deputado não queria que ela estivesse lá por ser pré-candidata ao cargo de vice-prefeita. Ela disse ainda que “se sentiu ofendida na condição de candidata política, como também na condição de mulher”.

A acusação recai exatamente em Nelson Justus que, ao longo dos mais de 30 anos de trabalho na Assembleia Legislativa, ganhou o apelido de Lorde pelo tratamento dispensado, principalmente, aos seus pares. Casa de ferreiro, espeto de pau?

Justus x Justus — Que a relação no seio da família Justus já foi melhor, isso é notório na cidade. Basta ver que os Justus estarão em trincheiras opostas na eleição de outubro. Enquanto Evani Justus desponta como vice na chapa de Maurício Lense (Podemos), o sobrinho, Roberto Justus vai trabalhar para fazer Fernanda Monteiro, atual secretária de Educação de Guaratuba, sua sucessora.

Fernanda é conhecida na capital do Paraná, não pelo trabalho educacional, mas por uma tragédia que resultou na morte da DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos, durante a Parada da Diversidade, em Curitiba, em 2022. A DJ, que estava no cima de um trio elétrico, morreu após os fios de telefonia baterem no veículo e ocasionarem a queda dela.

O Ministério Público denunciou Fernanda Monteiro por entender que os trios elétricos, que pertenciam a empresa dela, excederam a altura adequada para as vias públicas do bairro em que o evento foi realizado, além de que, os funcionários que estavam com a função de levantamento da fiação no dia do fato não tinham equipamentos de segurança para o exercício de suas funções. Ela responde na Justiça pelo crime de homicídio.

Por causa do adiantado da hora, o Blog Politicamente não conseguiu contato com o gabinete parlamentar de Nelson Justus, mas o espaço fica aberto para o posicionamento do deputado estadual.

 

Foto: Arquivo AEN/Alep

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