Por Régis Rieger
O vereador eleito com a segunda maior votação de Curitiba na eleição de 2024, Guilherme Kilter (Novo), declarou seu apoio ao candidato a prefeito Eduardo Pimentel (PSD). O anúncio foi feito por meio de um vídeo nas redes sociais do jovem que está estreando na vida pública. Kilter conquistou 16.664 votos, ficando atrás de outro estreante, Jasson Goulart, (Republicanos), que obteve 21.864 votos e que também já declarou apoio ao candidato do PSD.
No vídeo publicado nas redes sociais, Kilter, que é declaradamente um conservador de direita, faz algumas observações e afirma que Eduardo também é de direita. E acrescenta que são mentirosas as informações de que o candidato a prefeito tem ligações com a esquerda. Ele lembrou que Eduardo fez campanha para Bolsonaro em 2022.
-
Leia mais:
2º turno: Eduardo Pimentel recebe apoio estratégico de vereador mais votado de Curitiba
TRE libera divulgação da pesquisa Atlas Intel: Eduardo tem 49% e Cristina 44,9%
Gui, como também é conhecido o novo vereador, destaca a presença de Paulo Martins (PL) na chapa do PSD como vice. Ele também busca desconstruir as campanhas, promovidas pela própria direita, de que o PSD de Eduardo faz parte da “velha política” ou “do sistema”. A campanha tenta atingir o partido que não teria se posicionado a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
“Sejamos honestos! Se o partido determinasse se alguém é do sistema ou não, a Cristina também seria”, destaca o vereador eleito. Ele aponta que o PMB, partido de Cristina Graeml, apoiou Fernando Haddad (PT) na eleição de 2018, Lula em 2020 e nesta eleição, está ao lado do candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).
Na sequência, Gui reforça que Paulo Martins “é ficha limpa”, enquanto que o candidato a vice de Cristina, Jairo Aparecido Ferreira Filho, teria aplicado um golpe financeiro. O vice-campeão de votos também critica a tentativa da candidata do PMB de tentar impedir a divulgação de reportagens sobre o assunto. No vídeo, ele defendeu Eduardo em relação à suposta coação a funcionários públicos municipais para que comprassem ingressos para um jantar organizado pelo PSD para angariar fundos. Os valores chegavam a R$ 3 mil. O vereador disse que o candidato não tinha conhecimento sobre a atitude do responsável pelo ato e que o mesmo foi exonerado tão logo a situação foi revelada.
Por fim, Kilter enfatiza que não vai deixar uma cidade como Curitiba “com cerca de 2 milhões de habitantes e quase 13 bilhões de orçamento na mão dela”. Apesar de Cristina Graeml também se colocar como uma conservadora de direita, Kilter classifica a candidata como “rasa na elaboração de propostas e incapaz de respeitar simples prazos obrigatórios”.
A crítica se deve ao fato de que a coordenação de campanha não entregou o material do horário eleitoral a tempo de ser veiculado nas emissoras de rádio. E aponta que o plano de governo teria sido elaborado com ajuda de inteligência artificial. Mesmo criticando a adversária, Kilter enfatiza que irá fiscalizar um eventual governo de Eduardo caso seja eleito e pede voto para o candidato.