O juiz substituto, Hugo Michelini Júnior, designou para o mês de dezembro de 2023 o julgamento no Tribunal do Júri do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho — acusado de matar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu.
O crime aconteceu em julho de 2022. Marcelo Arruda foi morto a tiros na festa de aniversário dele, cujo o tema era o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho, que segue preso, vai responder por homicídio duplamente qualificado.
Na fase de instrução, 12 testemunhas foram ouvidas. Por fim, foi a vez de Guaranho ser interrogado, mas, por orientação dos advogados, ele não respondeu aos questionamentos do Ministério Público. Ele respondeu apenas sobre a vida pessoal antes do crime.
Guaranho será julgado por sete cidadãos que vão compor o Conselho de Sentença. Os jurados serão escolhidos no dia do julgamento — 07 de dezembro.
Por nota, o advogado Daniel Godoy, que é assistente de acusação, informou que “a família aguarda uma atuação serena, técnica e equilibrada do Ministério Público, de comportamento irrepreensível. A assistência de acusação busca a integral reparação do mal causado, que deixou quatro filhos órfãos, sendo duas crianças menores, com 45 dias e seis anos respectivamente”.
O crime ganhou repercussão nacional e internacional. Quando esteve em Foz do Iguaçu, para a posse do diretor geral da Itaipu Binacional, Ênio Verri, o presidente Lula se solidarizou com a família de Marcelo Arruda.