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O julgamento do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) na próxima terça-feira (16) no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem potencial para mexer completamente no xadrez político de Curitiba e do Paraná. Isso porque Deltan pode ter o mandato de deputado federal cassado e ficar inelegível.
Os. ministros do TSE vão julgar o recurso da Federação Brasil Esperança no Paraná, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, que questiona a legalidade da candidatura dele. O PT alega que Deltan não poderia concorrer à eleição de 2022 porque quando ele deixou o Ministério Público Federal (MPF) ele respondia a processos disciplinares que poderiam levá-lo à demissão. E ainda, porque, na época, o Tribunal de Contas da União (TCU) teria condenado Deltan pelo pagamento de diárias aos procuradores na Lava Jato — condenação esta que foi anulada pela Justiça Federal.
O caso chegou ao TSE porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná não acolheu esta argumentação do PT e considerou legal a candidatura de Deltan.
Efeitos em 2024 — Se o mandato de Deltan for cassado pelo TSE, a configuração da eleição para prefeitura de Curitiba será outra. Embora não admita publicamente, Deltan Dallagnol vem sendo convencido a disputar a eleição de 2024. E há quem diga que o nome do ex-chefe da Lava Jato no MPF está bem ranqueado nas pesquisas internas feitas por partidos políticos.
Um dos principais entusiastas é o senador Sergio Moro (União Brasil) que nutre esperanças de chegar ao Palácio Iguaçu em 2026.
A eventual ausência de Deltan em 2024 poderia abrir caminho para uma “eleição tranquila” de Eduardo Pimentel — que deve contar com o apoio do governador Ratinho Junior e do prefeito de Curitiba Rafael Greca. A ideia seria concentrar as forças da centro-direita em torno da candidatura de Pimentel — se contrapondo aos candidatos da esquerda. Mesma estratégia política feita, com sucesso, com Ratinho Junior em 2022.
Otimismo — A defesa de Deltan está otimista quanto ao resultado do julgamento. O advogado Leandro Rosa, que representa o deputado federal, explicou que “os dois argumentos do PT são descabidos porque Deltan não respondia a nenhum processo disciplinar quando saiu do Ministério Público Federal e a Justiça Federal já anulou a condenação do TCU, então o recurso do PT não se sustenta em pé juridicamente”, disse o defensor citando que a Procuradoria-Geral Eleitoral também confirmou a regularidade da candidatura de Deltan.