“Jantar salgado” azeita time da prefeitura e do Governo

Um “salgado jantar” promovido ontem (3) pelo diretório estadual do PSD no restaurante Madalosso, em Curitiba, mostrou que as máquinas da prefeitura e do Governo do Estado estão azeitadas. Secretários municipais e estaduais e servidores dos dois poderes compareceram ao grande evento — assim como a cúpula do Poder Legislativo e muitos vereadores e deputados da base aliada dos governos. Os holofotes estiveram virados para o prefeito Rafael Greca, o governador Ratinho Junior e para o candidato deles nesta eleição: Eduardo Pimentel (PSD).

Foto: Reprodução Redes Sociais

O convite para o jantar, feito na modalidade adesão, custou R$ 3 mil por pessoa. Valor salgado. No cardápio, o tradicional frango a passarinho e a polenta frita. O próprio governador brincou citando que a “polenta tava salgada”. Os apoiadores, obviamente, não estavam de olho na refeição.

Quem esteve no jantar, e jura que não se engasgou com o preço salgado, conta que Greca estava inspirado. “Discursou como nunca”. Só não inovou numa coisa: cantar, mesmo que desafinado, o hino de Curitiba. Ratinho, durante a fala, apostou na união dos dois grupos políticos. Paulo Martins, que debutou ontem (3) na propaganda eleitoral de Eduardo, também discursou no Madalosso — arrancado risos da plateia e se mostrou “dentro da campanha”. Parece que a rusga com Greca ficou mesmo para trás.

Centenas de pessoas lotaram os salões e talvez o ponto alto foi quando Eduardo disse que venceria a eleição em Curitiba no 1º turno — hipótese que, por ora, é descartada por todas as pesquisas eleitorais divulgadas. Mas o discurso inflamado fez até o avô Paulo Pimentel, de 96 anos, se levantar da cadeira.

Quem “não deu as caras” no jantar foi o advogado Giovani Gionédis — que é sempre consultado sobre os rumos da administração municipal. A ausência foi sentida. Um gaiato disparou: “O Gionédis tem uma dieta mais refinada. Ele está acostumado a comer no Business Club, não polenta frita”. Outro acredita que teria mais a ver com o fato do advogado não ser o “dono da bola” desta campanha, diferentes dos dois últimos pleitos em Curitiba.

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