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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava planejando se candidatar ao Senado Federal pelo Estado do Paraná caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassasse o mandato de Sergio Moro (União Brasil) e convocasse eleição suplementar.
Pouquíssimas pessoas sabiam. A informação ficou restrita aos mais chegados do Capitão. O Blog Politicamente apurou com fontes próximas a Bolsonaro que não só confirmaram os planos políticos como contaram que o ex-presidente chegou a realizar sondagens eleitorais para saber da viabilidade de chegar ao tapete azul representando os paranaenses.
Os dados da pesquisa feita junto aos paranaenses foram mantidos guardados a sete chaves, mas comenta-se que havia sim chances de Bolsonaro se eleger senador pelo Paraná. O Capitão já pensava em transferir o domicílio eleitoral para a cidade de Curitiba.
Para os planos do ex-presidente prosperarem, Moro deveria ser cassado pelo TSE — justamente quem lhe apoiou publicamente na eleição de 2022 e chegou a acompanhá-lo nos debates presidenciais realizados pelas emissoras de televisão.
Por água abaixo — Todo o plano de Bolsonaro foi por água abaixo depois que o TSE, no dia 30 de junho, condenou ele por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação — declarando-o inelegível por oito anos, prazo que se extingue em 2030.
Bolsonaro não foi e não é o único a fazer planos de chegar ao Senado em cima da desgraça de Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato é alvo de uma ação proposta pelo PL e o PT no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que pode resultar na cassação do mandato.
Torcida contra — Nos bastidores, já tem partidos e candidatos pensando na eleição suplementar. O PT pretende apostar na presidente nacional Gleisi Hoffmann, que é deputada federal do Paraná. O também deputado federal Ricardo Barros, do PP, é outro que já declarou publicamente que pretende concorrer à vaga.
O MDB conta com o deputado federal Sérgio Souza, mas estaria disposto a intensificar as conversas com Osmar Dias para convencê-lo a entrar na disputa. O PL iria com Paulo Martins, que terminou em 2° lugar no pleito em 2022, e contaria com todo o empenho de Bolsonaro. Outro que disputou a eleição de 2022, sendo superado por Moro, que poderia concorrer é o ex-senador Alvaro Dias.
O fato da eleição suplementar permitir que qualquer deputado possa disputar sem abrir mão do mandato intensifica o desejo de muitos políticos, na mesma proporção que desejam a cassação de Sérgio Moro que, por sua vez, segue resiliente na missão de honrar os votos de mais de 2 milhões de paranaenses.