Pelo jeito não está nada fácil convencer uma mulher a assumir a Secretaria da Mulher e Igualdade Racial — pasta recém-criada durante a reforma administrativa.
Na semana que passou, o governador Ratinho Júnior se reuniu à portas fechadas com a deputada federal Leandre (PSD). Palacianos contaram ao Blog Politicamente que, enfim, teriam entrado num entendimento.
Mas o Diário Oficial 11.337, de 12 de janeiro, revelou que Leandre e o governador não chegaram a um acordo. Sem opções, Ratinho improvisou.
O documento traz a nomeação interina de Rogério Carboni, atual secretário de Desenvolvimento Social e Família, para responder de forma cumulativa pela Secretaria da Mulher e Igualdade Racial.
O Blog Politicamente apurou que apenas Leandre foi formalmente convidada, por mais de uma vez, mas que declinou em todas elas.
A deputada estadual Flávia Francischini, do União Brasil, também foi sondada para assumir o cargo. E antes de qualquer convite, já tinha sinalizado que não toparia.
Uma secretaria sem cargos e sem verba. Estes são os dois entraves que têm dificultado o aceite para comandar a pasta.
Carboni, parece, que se tornou um secretário coringa. Além do Desenvolvimento Social e Família, ele foi escalado, também de forma interina, para tocar a Secretaria da Justiça e Cidadania — pasta prometida ao União Brasil.
Enquanto aguarda a indicação do União Brasil, que deve apresentar o nome do ex-deputado Emerson Bacil, e de uma mulher para assumir a secretaria criada para políticas públicas destinadas à elas, Carboni vai tocando o dia sem grandes dificuldades — já que no primeiro governo Ratinho ele já comandava a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, que foi desmembrada em três para atender os aliados.