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Helder x Beti Pavin: prefeito de Colombo quer isolar adversária

A praticamente um ano das eleições municipais de 2024, os bastidores da disputa pela prefeitura de Colombo estão efervescentes. Os movimentos políticos do prefeito da cidade, Helder Lazarotto, que vai buscar a reeleição, indicam uma estratégia bastante clara: isolar a ex-prefeita Beti Pavin (MDB) — principal adversária no pleito.

Um dos trunfos do prefeito é o apoio do governador Ratinho Junior (PSD) que já confirmou que vai pedir votos aos colombenses para Helder em 2024. Com o aval do Palácio Iguaçu, o prefeito já começou a costurar acordos políticos com os partidos aliados do governo.

O mais recente aperto de mão foi com o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Numa reunião com o deputado federal Filipe Barros, o PL de Colombo mudou de mãos. Quem se filiou no partido na cidade da região metropolitana foi Professor Alcione — vice de Helder, que deixou o Solidariedade para virar secretário geral do PL da cidade. A presidência ficou com Ademir Alberti Chaves Garcia que é secretário de Governo de Colombo.

A mudança do diretório municipal, alinhada com Filipe Barros, que foi o federal mais votado na cidade, foi avalizada pela executiva nacional do PL, para desgosto do deputado federal Fernando Giacobo que trava uma guerra surda com Filipe Barros pelo comando da legenda no Paraná. Quem também perde é Beti Pavin, aliada de Giacobo, que esperava contar com o PL na sua base. Um mês antes, o partido estava sob o comando de Sérgio Roberto Pinheiro.

Com o PL garantido no arco de apoio, Helder agora mira o MDB — que pode ser o golpe fatal contra Beti Pavin. O prefeito de Colombo já abriu conversas com Renato Adur, vice-presidente estadual do MDB e homem de confiança do governador Ratinho, assim como com João Carlos Ortega — secretário da Casa Civil do Governo do Paraná.

A estratégia, no entanto, é mais delicada. O MDB já declarou que vai priorizar candidaturas próprias em todas as cidades do Paraná — com exceção de Curitiba, cujo candidato do partido será Eduardo Pimentel (PSD). Portanto, só há duas alternativas para o MDB costurar aliança com Helder em Colombo para 2024: uma composição de Beti Pavin com o prefeito, considerada bastante improvável aos olhos dos colombenses, ou ela deixar o partido. Caso contrário, os dois irão se enfrentar nas urnas no ano que vem.

Prova da dificuldade de aliança política de Helder e Beti Pavin é que quando ela foi nomeada para um cargo em comissão na Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, comandada pelo emedebista Rogério Carboni, o prefeito de Colombo torceu o nariz ao ver a futura adversária bem instalada no Palácio das Araucárias. O resultado foi a exoneração dela do governo — mostrada pelo Blog Politicamente.

 

 

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